Afastado do departamento de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg não perdeu a sua afeição por polêmicas. O vice-presidente não poupou nenhum dos grandes rivais da capital paulista de brincadeiras ou críticas durante seminário que debateu o desenvolvimento do futebol brasileiro, nesta terça-feira.
Ao lado de Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR que fez questão de aguçar o lado bem-humorado de seu colega, Rosenberg falou sobre o São Paulo no final de sua exposição. Ele lembrou a controvérsia criada pelo ex-presidente Andrés Sanchez, que contestou a promoção de ingressos feita pelo rival durante o Campeonato Brasileiro.
“O Corinthians nunca vai precisar cobrar R$ 2 para encher estádio. Isso é coisa de panetone”, sorriu, referindo-se ao Morumbi de forma pejorativa. Em seguida, faz lembrar as ausências de são-paulinos no seminário. O ídolo Raí não compareceu a um painel sobre “o papel do Estado na reestruturação dos clubes”, enquanto o assessor da presidência José Francisco Manssur teve se substituir o vice-presidente social e de esportes amadores Roberto Natel na discussão sobre planos de sócio-torcedor.
“Aliás, não veio o bambi. É um animalzinho arredio e fugitivo”, brincou Rosenberg, sem conter as gargalhadas após a reação do público que o ouvia. “Com o maior respeito, hein?”, completou.
A crítica ao Palmeiras foi feita quando o vice-presidente do Corinthians usava a palavra para elogiar a administração de Petraglia no Atlético-PR. “Mas, se existe um clube que está aquém na maturidade política e na manutenção, é o Palmeiras”, apontou Rosenberg, antes de fazer uma ressalva. “Agora, está caminhando na direção correta com o Paulo Nobre. Vai ter a sua arena e melhorar.”
Sobrou até para quem estava presente. Quando Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, precisou se retirar do seminário para embarcar de volta ao Rio de Janeiro, Rosenberg provocou com um sorriso no rosto: “O nosso painel perdeu representatividade sem o membro da segunda maior torcida do Brasil”.
Nos momentos em que falou mais sério, Luis Paulo Rosenberg também não deixou de polemizar. Chamou a Conmebol, por exemplo, de “desastre latino”. “Talvez uma federação de um estado pequeno do Nordeste – não vou falar nem o nome que estou pensando, pois é cagada – seja mais organizada”, atacou, ainda vibrando com o que o Corinthians conseguiu politicamente sob o comando de Andrés Sanchez.
“A coisa mais maravilhosa que aconteceu foi a destruição do Clube dos 13. A mais escrota das instituições brasileiras está eliminada. Temos de nos livrar dos Horcades (Roberto, ex-presidente do Fluminense), daquele do Santos (provavelmente Marcelo Teixeira, também ex-mandatário), como chama aquele do Vasco… Eurico (Miranda)? Eles acomodavam uma situação fabulosa para o Fábio Koff (antigo líder do C13, hoje do Grêmio)”, comentou o nada político Rosenberg.