A exemplo do que ocorreu na edição passada, quando evoluiu consideravelmente e foi o melhor time do returno do Campeonato Brasileiro, o São Paulo faz uma campanha muito melhor após a primeira metade da competição deste ano. Inferior à do líder apenas nos critérios de desempate.
Com a vitória heroica de domingo sobre o Bahia, a equipe chegou aos mesmos 22 pontos do Cruzeiro em 11 rodadas do segundo turno (período correspondente ao trabalho de Muricy Ramalho). O time mineiro, também primeiro colocado geral (com 62 pontos, contra 40 do São Paulo), leva vantagem somente no saldo de gols.
Desde o revés para o Santos – por 3 a 0, na Vila Belmiro, quando sofreu dois gols mesmo tendo um jogador a mais -, o São Paulo não foi mais derrotado. De lá para cá, foram um empate e quatro vitórias. O mais recente triunfo, em Salvador, curiosamente com dois homens a menos. Um detalhe que evidencia a melhora emocional e a consequente arrancada da equipe.
“Não tem mágica. Há tempos, quando tomava gol, o time se despedaçava. Era algo natural daquele momento, porque não estava ganhando os jogos. Hoje, o time está muito forte na parte emocional e também na parte física”, avalia Muricy, que assumiu no início do returno, depois de Ney Franco, Milton Cruz e Paulo Autuori somarem, juntos, 18 pontos em 19 rodadas.
Apesar da melhora, o São Paulo dificilmente repetirá o feito do ano passado, quando Ney Franco deixou o time em quarto lugar. Isso porque, em 2013, a campanha na primeira perna da competição foi muito ruim, digna de rebaixamento. Restando oito partidas para o final, a distância para o G-4 é de dez pontos.
Outra diferença em relação à temporada anterior é que a Sul-americana (conquistada em 2012) será levada em segundo plano. Focado em salvar o São Paulo definitivamente da queda para a segunda divisão nacional, Muricy já adiantou que deverá poupar os principais jogadores na quarta-feira, quando visita a Universidad Católica, no Chile, pela partida de volta das oitavas de final.