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Palmeiras “vence” 1º turno, mas fica só no 0 a 0 com a Chapecoense

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Bastava ao Palmeiras não perder da Chapecoense, nesta terça-feira, no Pacaembu, para terminar o primeiro turno da Série B do Brasileiro em primeiro lugar. E fez só isso. Com uma atuação decepcionante, o Verdão não foi além do 0 a 0 e completou seu quarto jogo consecutivo sem vitória. Por isso, saiu vaiado de campo.

Foi o segundo empate seguido dos comandados de Gilson Kleina, que ficaram no 2 a 2 com o Ceará no sábado e, antes, perdeu para o Boa pela segunda divisão nacional e para o Atlético-PR, sendo eliminado da Copa do Brasil. Apesar da queda de produção, a equipe chegou a 42 pontos em 19 partida na Série B, deixando a Chapecoense com 40.

O desempenho diante do vice-líder foi sofrível, a ponto de Juninho e Tiago Alves protagonizarem lance bisonho trombando quando ambos não tinham nem adversário próximo. Só Luis Felipe, com cruzamentos e cobranças de falta, e Fernando Prass, que chegou a fazer milagre, se salvaram nesta noite.

O Palmeiras tenta reencontrar a vitória no sábado, em visita ao Atlético-GO, em Goiânia, para jogar às 18h15 (de Brasília). O Chapecoense tentará continuar pressionando o líder fazendo sua parte na sexta-feira, em Santa Catarina, diante do Boa, às 21h50.

O jogo -Diante do Ceará, time distante da zona de acesso, o Palmeiras teve falhas defensivas e ofensivas. Mesmo assim, Gilson Kleina organizou a mesma estrutura tática, com a diferença de que, sem contar com Henrique, Valdivia e Leandro, escalou André Luiz, Felipe Menezes e Ronny. A consequência da aposta foram dois lances de perigo da Chapecoense em menos de quatro minutos.

O time catarinense conhecia seu adversário. Fazia a sua parte marcando intensamente, na maioria das vezes com seus 11 jogadores da intermediária defensiva para trás, e sabia como lidar com a bola quando a tivesse. Tinha consciência da fragilidade de Juninho, do contestável poder de bloqueio de Luis Felipe, da falta de confiança da dupla de zaga e dos espaços deixados por Márcio Araújo. E usufruía bem disso.

Vendo os visitantes tocarem a bola impondo o ritmo que quisesse, de um lado a outro na sua defesa, o Verdão se perdeu completamente. Wesley, que virava primeiro volante para comandar a saída de bola e suprir as subidas tão constantes quanto inexplicáveis de Márcio Araújo, simbolizou a equipe dando um chutão bisonho quando estava completamente sozinho.

Em um raro momento de acerto, Mendieta deixou Juninho na cara do goleiro, na grande área, e o lateral esquerdo, com a perna direita, perdeu gol praticamente feito, aos sete minutos. Um desperdício pela raridade da oportunidade. Na frente, Ronny se mexia o tempo todo, mas era completamente ineficiente e ainda atrapalhava Alan Kardec, ocupando a posição do centroavante, que se sentia obrigado a sair da área.

Mesmo com dois meias, o Palmeiras não tinha criatividade. Mendieta era cercado por marcadores e, quando escapava, errava até passeis fáceis. Felipe Menezes, por sua vez, esteve tão escondido que trocou xingamentos com Wesley quando o volante pediu mais movimentação ao jogador que tinha a obrigação de dar dinâmica ao Verdão.

Aos 19 minutos, porém, o time de Gilson Kleina descobriu que não precisava depender de seus meias e de Juninho, novamente em péssima atuação. De tanto gritar, Luis Felipe foi ouvido. E criou uma série de chances para o Palmeiras, duas em jogadas com Alan Kardec. Animado, o Verdão ainda lamentou por Tiago Alves, que dominou completamente livre na pequena área e errou oportunidade clara, e cabeçada de André Luiz.

Mas um chute de Ronny, aos 26 minutos do primeiro tempo, encerrou a sequência eficiente do Verdão na partida. A Chapecoense reajustou sua marcação espalhando mais seus jogadores no campo defensivo. Só não teve mais tanto espaço para trabalhar a bola na frente, o que deixou o jogo truncado, com muitas disputas e nenhum perigo.

Na volta do intervalo, Kleina cansou de Ronny e apostou em Vinicius, que não foi titular apenas porque se recuperou recentemente de lesão. Mas era Luis Felipe, ainda, a única esperança de gol dos anfitriões. O lateral direito cruzou uma bola no pé de Alan Kardec, na pequena área, e cobrou falta perigo, tudo antes dos sete minutos do segundo tempo. O técnico da Chapecoense, então, trocou o atacante Tiago Luís da função de perseguir o único perigo palmeirense.

Kleina também se mexeu. Cansou da inutilidade de Felipe Menezes, xingado também por torcedores por não ser capaz nem de puxar um contra-ataque, e impôs velocidade ao time com Serginho. Mas os problemas continuavam na defesa. Cabeçada de Fabiano e Caion, aos 12 e 21 minutos, respectivamente, não viraram gol por sorte e milagre de Fernando Prass.

Serginho, ao menos, deu movimentação que gerou chute de Wesley em cima do goleiro e ainda fez o arqueiro do clube de Chapecó a fazer grande defesa. Até Vinicius apareceu, mas não positivamente. Por driblar demais ou chutar em vez de tocar para colegas em melhor posição, o atacante perdeu grandes chances aos 27 e aos 28.

Foi quando a Chapecoense percebeu que valia a pena, definitivamente, dar um passo para trás em busca de um ponto no Pacaembu. Conseguiu. Com o nervosismo cada vez mais adicionado à péssima atuação, o Palmeiras não teve condições de ir além do 0 a 0. Uma cabeçada de André Luiz na trave, no último minuto, só serviu como última esperança em vão.

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