O bom resultado no primeiro jogo, no qual venceu por 2 a 1 fora de casa, deu tranquilidade para a Ponte Preta no duelo decisivo diante do Criciúma, pela segunda fase da Copa Sul-Americana. Sendo assim, no Estádio Moisés Lucarelli, com o apoio de sua torcida, a tarefa não foi complicada. O time campineiro precisou apenas administrar o resultado, segurar o empate por 0 a 0 e garantir a classificação para a próxima fase.
O triunfo desta terça-feira se tornou histórico para a Ponte Preta. Apesar da tradição no futebol brasileiro, com 113 anos de história, sendo considerado o clube em aitividade mais antigo do país, a Macaca nunca fez um jogo diante de um adversário estrangeiro em competições oficiais. Agora, o time campineiro tem a passagem garantida para debutar na fase internacional.
Garantida nas oitavas de final da competição, a Ponte espera agora o primeiro adversário internacional de sua história. O time campineiro vai encarar na próxima fase o vencedor do confronto entre o venezuelano Deportivo Pasto e o tradicional Colo-Colo. O jogo decisivo será nesta quarta-feira, às 22 horas (de Brasília), em Santiago, no Chile.
O jogo – A vantagem era da Ponte Preta, que havia vencido o primeiro jogo por 2 a 1, fora de casa, mas, desde os lances iniciais, o time campineiro mostrou mais atitude. O Criciúma, por sua vez, que entrou com três atacantes e teoricamente seria obrigado a atacar de forma intensa, se limitou a esperar o adversário no campo de defesa.
Enquanto o time campineiro se aproveitava da qualidade do peruano Ramírez e da velocidade de seu ataque, formado por Giovanni, Chiquinho e Everton Santos, o adversário catarinense oferecia pouco perigo. Apenas Fabinho, que conhece bem o Moisés Lucarelli por causa da passagem pelo Guarani, incomodava o sistema defensivo da Macaca.
A presença no ataque, no entanto, pouco representou para a equipe da casa. O apoio da torcida também não foi suficiente para a Ponte abrir o placar no Moisés Lucarreli ao longo dos primeiros minutos, o que deixou a equipe catarinense mais confortável no jogo. Sendo assim, principalmente na bola parada, o Criciúma começava a exigir o trabalho do goleiro Roberto.
As jogadas claras, no entanto, foram escassas. Pelo lado da Ponte, os atacantes chegavam à linha de fundo com facilidade, mas faltava qualidade para fazer o cruzamento. No time catarinense, as principais chegadas eram em bolas espirradas, ou cobranças de faltas e escanteios. Com a falta de criatividade das equipes, o placar do primeiro tempo foi evidente: um empate sem gols.
Na volta do intervalo, pouca coisa mudou no Estádio Moisés Lucarelli. Com a classificação cada vez mais perto, a Ponte Preta começou a valorizar o resultado, administrando o jogo e retardando a reposição de bola. Os três atacantes do time catarinense pouco faziam para mudar este panorama, e o treinador Sílvio Criciúma mexeu, tirou Fabinho e colocou Cassiano.
Aos poucos, o Tigre passou a ocupar o ataque com mais intensidade, já desesperado para marcar os dois gols que precisava para buscar a classificação. Em uma bola alçada na área, aos 24 minutos, o zagueiro Leonardo perdeu a melhor oportunidade do Criciúma, quando, quase na linha do gol, cabeceou para fora.
O treinador Jorginho, que fazia seu primeiro jogo à frente do time campineiro, não teve dúvidas. Logo alterou sua equipe e reforçou a marcação, tirando o meia Giovanni para a entrada do volante Fernando. Apesar do receio do comandante, a Macaca pouco era ameaçada e estava cada vez mais perto da inédita classificação às oitavas de final da Copa Sul-Americana.
Desorganizado, o Criciúma tentou alçar mais bolas na área, mas errava muito no ataque. O time catarinense ainda fez as duas alterações que faltava, Tony e Douglas entraram, mas era pouco para conseguir dois gols. Para a Ponte Preta, só restava esperar o tempo passar e comemorar a classificação inédita. Não foi difícil, o time campineiro fazia história.