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Atlético-PR arranca empate e aumenta sofrimento do São Paulo

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Não foi na fria noite desta quinta-feira que o São Paulo pôs fim ao seu jejum de vitórias. De volta ao Morumbi, onde havia perdido as últimas cinco partidas no Campeonato Brasileiro, o time treinado por Paulo Autuori saiu em vantagem com gol polêmico de Rodrigo Caio, mas sofreu o 1 a 1 do Atlético-PR ainda no primeiro tempo – Paulo Baier empatou em pênalti cometido por Rafael Toloi.

O primeiro gol do jogo, aos 16 minutos, gerou muita reclamação por parte dos visitantes porque o assistente chegou a apontar impedimento do atacante Aloísio, que tentou desvio em cima da linha após cabeceio de Rodrigo. Pressionado por todos os são-paulinos, incluindo o goleiro Rogério Ceni, que atravessou o gramado, o árbitro apontou o centro do campo.

As duas equipes voltam a campo no domingo. O São Paulo, agora sem vencer há 11 partidas na competição (ainda na penúltima posição da tabela, com dez pontos ganhos) visita o Flamengo, enquanto o Atlético (sétimo colocado, com 21 pontos ganhos) recebe o Criciúma.

Nesta quinta-feira, com o ambidestro Clemente Rodríguez improvisado na lateral direita, no lugar do suspenso Douglas, e Osvaldo na vaga do lesionado Luis Fabiano, o São Paulo teve apenas duas mudanças em relação ao time que havia perdido para a Portuguesa, no domingo. E se tivesse todos à disposição, o técnico Paulo Autuori não faria nenhuma sequer.

Satisfeito pelo segundo tempo apresentado no Canindé, o treinador certamente gostou também do começo da primeira etapa desta quinta-feira, quando sua equipe teve maior ímpeto e volume de jogo, fazendo o goleiro Weverton trabalhar duas vezes em faltas sofridas por Lucas Evangelista e cobradas por Jadson da meia esquerda. Ligado, o meia levantou os braços pedindo apoio da torcida.

Aos 16 minutos, em outra falta cobrada por ele pela esquerda, Rodrigo Caio desviou de cabeça, no canto esquerdo do goleiro atleticano. O atacante Aloísio, aparentemente em condição irregular, tentou o desvio em cima da linha, mas não acertou a bola. O assistente apontou impedimento, mas, depois de muita pressão dos são-paulinos – inclusive de Rogério Ceni, que atravessou o gramado -, o árbitro confirmou o polêmico gol.

Sorte de Aloísio, que, no domingo, foi responsável pela anulação de gol nos minutos finais da derrota por 2 a 1, colocando a mão na bola também em cima da linha. Um indicativo, segundo disse o próprio Autuori, que a equipe tem perdido a lucidez em alguns momentos da partida em função da série de resultados ruins que tem acumulado.

Em vantagem no marcador, algo que não ocorria no Brasileiro desde a estreia do treinador (a derrota de virada para o Vitória), o São Paulo passou a valorizar mais a posse de bola, trocando passes muitas vezes no campo de defesa, sob orientação dos gestos de Ceni, que sentiu o perigo do recuo em duas faltas cobradas por Paulo Baier.

O veterano atleticano, a propósito, é quem mais se destacava pelos visitantes. Aos 34 minutos, ele fez ótimo lançamento para Marcelo. Ceni deixou a área para se antecipar ao lance, mas perdeu o tempo da bola, a desviou estranhamente com o joelho e derrubou o adversário fora da área. O árbitro concedeu a vantagem para que Dellatorre tentasse o gol, mas o atacante bateu por cima do travessão.

Dois minutos depois, porém, o Atlético chegou ao empate. Marcelo recebeu passe dentro da área e foi derrubado por carrinho de Rafael Toloi. O pênalti foi tão claro que nem o zagueiro nem o capitão são-paulino reclamaram com o árbitro. Ceni ainda tocou a mão esquerda na bola, mas não com força suficiente para evitar que o chute de Baier entrasse no centro do gol e igualasse o placar.

Autuori não mexeu no time no intervalo. Só fez alterações depois dos 17 minutos, talvez descontente com o alto número de passes errados e com a ligeira superioridade adversária – o Atlético quase virou o jogo no minuto anterior, em arremate rasteiro de Dellatore de dentro da área. Ele tirou Fabrício e Jadson e colocou Paulo Henrirque Ganso e Ademilson.

A torcida, que deve ter estabelecido recorde de público do São Paulo no Brasileiro em função da promoção de ingressos (a renda não foi divulgada durante o jogo), não viu efeito nas mexidas e começou a ficar apreensiva com a lentidão de seu time e com os contragolpes atleticanos. No fim das contas, o ponto ganho (o primeiro no Morumbi desde 29 de maio, data da última vitória no campeonato) acabou sendo lucrativo.

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