O time do Atlético-MG não brilhou, mas claramente mostrou evolução se comparado com as últimas rodadas do Brasileiro. Atuando no Independência, o Galo acabou com o jejum de cinco jogos sem vitória e superou o Bahia por 2 a 0, nesta quarta-feira, na estreia do argentino Dátolo com a camisa alvinegra.
O primeiro gol do jogo foi anotado pelo zagueiro Leonardo Silva, que aproveitou cobrança de escanteio de Ronaldinho e, de cabeça, antecipou a zaga baiana para estufar as redes. No segundo tempo, Alecsandro ampliou o placar. Com o triunfo, o Galo chegou aos 15 pontos eliminando o risco de entrar na zona de rebaixamento na rodada. Já o Bahia ficou estacionado nos 19 pontos, no meio da tabela.
Na sequência do Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG terá um clássico nacional pela frente, enfrentando o Internacional, domingo, no Rio Grande do Sul. Já o Bahia jogará também no domingo, recebendo o Santos, na Fonte Nova, em Salvador.
O jogo – Sem se intimidar por jogar no Independência, o Bahia iniciou o duelo contra o Galo marcando a saída de bola alvinegra e dificultando a criação de jogadas do Atlético-MG. Com isso, os mineiros não conseguiram exercer pressão nos baianos, gerando um cenário de equilíbrio e muita disputa no meio-campo.
Com boa leitura de jogo, o técnico Cuca pediu aos seus comandados que procurassem se movimentar mais no campo ofensivo, com isso, o Galo melhorou no jogo. O argentino Dátolo, estreante da noite, conseguiu produzir algumas tabelas com Ronaldinho, mas os atleticanos mostraram preciosismo para concluir as jogadas, irritando a torcida.
A situação alvinegra só começou realmente a mudar aos 18, quando Ronaldinho cobrou escanteio com perfeição, colocando a bola na cabeça de Leonardo Silva, que antecipou aos zagueiros do Bahia e desviou para o fundo das redes de Marcelo Lomba, enlouquecendo a torcida no Horto. Com o gol do Galo, o Tricolor foi obrigado a buscar o ataque com mais afinco, deixando a partida aberta e mais agradável.
Em vantagem no marcador o Galo passou a girar a bola de um lado para outro com tranquilidade, na tentativa de encontrar espaços para ampliar o placar. Com isso, os atleticanos passaram a ter o controle da partida. O time de Cristóvão Borges adiantou a marcação, mas errou muitos passes, o que dificultou chegar até a meta do goleiro Victor.
Na volta para a etapa complementar o Bahia adotou uma postura mais agressiva, explorando a velocidade de Wallyson. Como não conseguiu chegar ao empate nos primeiros minutos, o Tricolor começou a perder as forças e o Atlético-MG retomou o controle do jogo, imprimindo um ritmo mais cadenciado, com toque de bola e usando os lados do campo.
Com essa estratégia, o Galo conseguiu ampliar o marcador aos 11, com Alecsandro, que aproveitou excelente jogada de Júnior César, que foi à linha de fundo e cruzou na medida para avante alvinegro dar mais tranquilidade para o Atlético-MG no jogo. O gol atleticano foi um banho de água fria nos visitantes, que não conseguiram mais esboçar reação.
Como o Bahia não ameaçava, o Atlético-MG passou a administrar a partida, mas criando boas jogadas, lembrando em alguns momentos o time campeão da Copa Libertadores e motivando gritos de olé da torcida presente no Horto. Cristóvão Borges apostou na entrada de Obina como última tentativa de ao menos fazer o gol de honra, mas os esforços foram em vão, já que o marcador ficou inalterado até o apito final.