Mal havia terminado a final da Libertadores no Mineirão, Cuca já demonstrava preocupação com o desafio que o Atlético-MG terá pela frente por ter conquistado a América pela primeira vez: o Mundial de Clubes. Um possível adversário no Marrocos, em dezembro, será o campeão europeu Bayern de Munique, atualmente treinado por Josep Guardiola.
"Vamos ter que obrigatoriamente melhorar nosso time para disputar o Mundial. Melhorando o time, vamos ter melhores condições de disputar o Brasileiro e a Copa do Brasil", disse o treinador, na madrugada de quinta-feira, após a vitória nos pênaltis sobre o Olimpia.
Seu time ocupa a décima colocação na competição nacional, com dez pontos ganhos em sete partidas e está mais próximo da zona de rebaixamento do que da ponta. Mas, além de ter jogos a menos do que a maioria, concentrava atenção quase que exclusivamente ao torneio continental. Até o fim do ano, esperam os atleticanos, o cenário será outro.
A diretoria já avisou a Cuca que ele terá seu pedido atendido. No intervalo entre o primeiro título da Libertadores do clube e a participação no Mundial, ainda que muito provavelmente saiam alguns destaques – o presidente Alexandre Kalil se mostra disposto a ouvir e aceitar "propostas irrecusáveis" do futebol europeu -, inevitavelmente chegarão novos atletas.
"Vamos ter que reforçar nosso elenco agora para as demais competições que disputaremos, que também são importantes", concordou o diretor de futebol atleticano, Eduardo Maluf, responsável pela montagem do elenco atual.
"O que aconteceu agora foi o prêmio por tudo que fizemos nesses dois anos e meio. Hoje, o Atlético é um time do mundo, internacionalmente conhecido pelo futebol que joga. É um título para essa torcida, que estava carente de grandes conquistas", concluiu o dirigente, que deixou o Mineirão festejado como um craque, sendo parado a cada metro para dar autógrafos.