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Em jogo eletrizante, Itália supera Japão e torcida e garante vaga

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Tetracampeã mundial, a Itália encontrou na Arena Pernambuco três adversários: o nervosismo, o Japão e a torcida, toda favorável aos asiáticos. A Azzurra superou o apagão no primeiro tempo para virar o placar, sofreu empate na etapa complementar, mas buscou a vitória por 4 a 3 nos últimos minutos para selar a classificação ao lado da Seleção Brasileira para a semifinal da Copa das Confederações.

Em dois tempos distintos, os nipônicos atropelaram os italianos e levantaram a torcida com o gol de pênalti de Honda após bobeada da zaga europeia. Kagawa, em belo voleio, ampliou. No final do primeiro tempo, De Rossi iniciou a reação dos tetracampeões em gol de cabeça.

Na volta do intervalo, Uchida fez contra e Balotelli, de pênalti, virou o resultado. Okazaki empatou novamente, mas Giovinco silenciou os torcedores com um gol aos 40 minutos do segundo tempo. Três minutos depois, os japoneses chegaram a empatar com Yoshida, mas o árbitro Diego Abal assinalou impedimento.

Na próxima rodada, a última do grupo A na Copa das Confederações, a Itália terá pela frente o Brasil para definir quem fica com a primeira colocação. O duelo está marcado para sábado às 16 horas (de Brasília) na Arena Fonte Nova, em Salvador. Já o Japão encerra a participação contra o México, no mesmo dia e horário, no Mineirão.

O jogo – A torcida presente na Arena Pernambuco demonstrou desde os primeiros minutos da partida que apoiaria e muito a seleção japonesa. A cada toque na bola dos nipônicos, os torcedores vibravam e ainda ‘ajudavam" a marcar a Itália com fortes vaias. E a festa só não aumentou nos cinco minutos porque Buffon segurou cabeçada de Maeda.

Dez minutos depois, foi a vez de Kagawa bater firme de esquerda e obrigar o goleiro da Azurraa trabalhar. No ataque seguinte, porém, a defesa italiana foi castigada. O lateral esquerdo De Sciglio recuou mal e Buffon chegou atrasado, cometendo pênalti em Okazaki. Na cobrança, Honda soltou uma pancada no canto esquerdo e abriu o placar.

Aos 32 minutos, a torcida pernambucana foi novamente à loucura. Honda cruzou na área, a zaga da Itália se atrapalhou e deixou Kagawa livre para dominar, girar e fazer um golaço de voleio, sem chances para Buffon. Com a vantagem, o Japão passou a envolver os italianos com toques rápidos, sempre sob os gritos de olé vindos das arquibancadas.

E o resultado só não foi pior porque Bufon operou dois milagres seguidos: primeiro em falta de Kagawa e, depois, no rebote de Okazaki. Para aliviar os ânimos europeus, Pirlo cobrou escanteio no primeiro poste, De Rossi se antecipou e testou bonito para descontar. Nos acréscimos, a Itália ainda perdeu a chance de empatar quando o chute rasteiro de Giacherini beijou o pé da trave.

Com o recomeço da partida, no entanto, o panorama mudou completamente. Yoshida dominou errado na área, Giacherini aproveitou e cruzou para a pequena área. Uchida tentou afastar e acabou mandando contra o próprio patrimônio. O empate empolgou os italianos, que chegaram à virada ainda aos dez minutos.

Giovinco, que havia entrado no primeiro tempo na vaga de Aquilani, bateu firme da entrada da área e Hasebe chegou para travar. Depois do corte, a bola espirrou no braço do capitão japonês e o árbitro argentino Diego Abal marcou pênalti discutível. Balotelli assumiu a responsabilidade, caminhou lentamente e virou o placar.

Para não sofrer mais com as descidas de Nagatomo e Kagawa, Cesare Prandelli desfez a mudança feita em relação à estreia e sacou o ofensivo lateral direito Maggio para a entrada do marcador Abate, fazendo com que a equipe recuasse. Com isso, o Japão voltou a mandar na partida em São Lourenço da Mata e teve a atitude premiada pelo belo gol de cabeça de Okazaki.

Restando dez minutos para o final do jogo, a trave de Buffon balançou por duas vezes. Primeiro no chute cruzado de Okazaki e depois na cabeçada de Kagawa, sem goleiro, para desespero de Alberto Zaccheroni. Os gritos de olé voltaram a empurrar os japoneses, mas no contra-ataque De Rossi achou Marchisio e o camisa 8 cruzou na medida para Giovinco sacramentar a vitória emocionante dos italianos.

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