Se a tarde de protestos em Belo Horizonte parecia tranquila em comparação às outras capitais durante a Copa das Confederações, o dia terminou em confusão nas proximidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A primeira manifestação se juntou a uma segunda, ainda maior, e depois acabaram se envolvendo em confusão com a Polícia Militar.
Os professores que protestavam na região da Pampulha foram impedidos pela PM de entrar no perímetro do Mineirão, palco do duelo entre Nigéria e Taiti, que terminou em goleada africana por 6 a 1. Após conversas com os policiais, a avenida Antônio Carlos foi inteira liberada para os manifestantes, estipulados em 15 mil pelos policiais e 50 mil pelos organizadores, que desviariam do trajeto para o estádio após união com outros protestos.
As passeatas, então, foram em direção à UFMG, novo limite estabelecido pelas autoridades e local onde as primeiras confusões foram registradas. Há relatos de que bombas de gás lacrimogênio foram atiradas e balas de borracha disparadas contra os integrantes do protesto.
A manifestação já havia, inclusive, recebido elogios da chefe do policiamento de Belo Horizonte, Claudia Romualdo, pela manutenção da paz. Claudia também teria garantido que não ordenou nenhum ataque aos manifestantes. Assim que o jogo terminou, a Polícia Militar permitiu o retorno para a região do Mineirão.