Neymar conta com um ferrenho protetor na Seleção Brasileira. Luiz Felipe Scolari sempre faz as suas caras e bocas características quando alguém questiona o mau momento vivenciado pelo atacante, às vésperas do início da Copa das Confederações. Foi novamente assim nesta sexta-feira, quando o técnico chegou até a pedir apoio público em sua defesa.
“O Neymar tem a mesma responsabilidade de marcar gols do Fred, do Júlio César, do Luiz Gustavo, do Paulinho… Ele é igual aos outros”, equiparou Felipão, que se apega à coletividade – conforme o próprio atacante do Barcelona já havia feito – para embasar o seu discurso. “O Neymar não vai jogar com 11 camisas no corpo. Ele faz parte de uma equipe. Quanto mais ele for um jogador de grupo, melhor para ele.”
Felipão se irritou quando foi questionado se estava sugerindo que a imprensa se comportasse como ele. Mas reconheceu: “Precisamos proteger o nosso grande ídolo. O Neymar não é um ídolo só meu, mas de todos os brasileiros. Parece-me que a finalidade das pessoas é só execrar porque ele não olhou para o lado, porque não pintou o cabelo de loiro… Se temos um jogador que leva 50.000 pessoas a uma apresentação no Barcelona, devemos valorizá-lo”.
A postura de Felipão em relação a Neymar é a mesma desde que ele foi anunciado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como sucessor de Mano Menezes. Por enquanto, a proteção ainda não deu resultados, já que o atacante foi alvo de vaias em amistosos no Brasil e não conseguiu render o esperado. O que não fez o técnico desistir.
“Quero tirar a pressão de cima do Neymar. Ele não tem de fazer o gol, driblar 20 jogadores. Ele só precisa ser útil à Seleção Brasileira como qualquer outro da equipe, com tranquilidade”, repetiu Felipão, que deu a camisa 10 ao seu “grande ídolo” durante a Copa das Confederações. A estreia será contra o Japão, neste sábado, no Mané Garrincha.