Sete torcedores do Corinthians deixaram nesta quinta-feira a penitenciária San Pedro, em Oruro. Após quase quatro meses, a Justiça boliviana entendeu que não há provas da participação deles na morte de Kevin Beltrán, em 20 de fevereiro. Os outros cinco alvinegros acusados continuam detidos.
A prisão ocorreu pouco depois de o garoto de 14 anos ter sido atingido por um sinalizador na partida entre o local San José e o Timão. O disparo teria partido da área destinada aos visitantes no estádio Jesús Bermúdez, o que motivou policiais a levar 12 corintianos para a penitenciária.
Sob cuidados da embaixada brasileira, os torcedores libertados ainda não definiram se retornarão imediatamente ao Brasil. Eles temem que a saída complique a situação dos que ficaram — estes, segundo as autoridades bolivianas, tinham resíduo de pólvora nas mãos ou sinalizadores na mochila no dia do jogo.
A decisão foi festejada pelo Corinthians, que prometeu seguir lutando pela liberdade dos outros cinco. O presidente Mário Gobbi insiste na inocência deles e diz estar trabalhando ao lado de diplomatas brasileiro para resolver a questão com a maior agilidade possível.
Um menor de 17 anos assumiu a autoria do disparo, em depoimento prestado em Guarulhos, algo que não parece ter alterado essencialmente o processo na Bolívia. Sete torcedores, após 106 dias de prisão, estão livres. Os outros continuam aguardando um julgamento ainda não marcado ou uma solução mais rápida.