Dispensado pelo ‘grupo gestor” do Mixto, comandado por Éder Moraes, o técnico Eduardo Henrique estreia no Mato Grosso, na quinta-feira, no Dutra, diante do União, pela segunda rodada do returno da Primeira Fase do Campeonato Mato-grossense. Mas as atenções estão mesmo voltadas para o confronto diante do seu ex-clube, domingo, no chamado jogo de seis pontos.
Vice-líder da competição, com 17 pontos, um a mais que o rival alvinegro, o ‘Gavião do Cerrado” pode até disparar na frente do Tigre, antes mesmo do confronto, já na quinta, se superar o Colorado na capital, chegando a 21 – atual pontuação do líder e invicto Luverdense.
Ainda na quinta o time de Lucas do Rio Verde recebe o Cacerense, que domingo conquistou sua primeira e suada vitória em casa (1 a 0 sobre o lanterna Sinop).
Henrique substituiu Éder Taques, que entregou o cargo na véspera do confronto com o REC, em Rondonópolis, ao se recusar a cumprir exigências do presidente Ezequiel Rosa, que queria interferir na escalação do time.
No ano retrasado, Rosa já havia declarado que “era melhor que qualquer treinador local”, e, que por isso acumulava as funções, na época no Palmeiras do Porto. Agora no Gavião, Henrique se mostrou resignado. “Conversei com o presidente Ezequiel, ele é auxiliar técnico, e vai dar palpites. Ele me disse que vai trocar ideias comigo, dar alguns palpites, mas a decisão final é minha,” garantiu.
Diante das rusgas provocadas pela maneira com que foi dispensado, Eduardo Henrique não escondeu sua mágoa, e no dia seguinte após sua liberação, não poupou críticas à diretoria mixtense. “O Mixto não está no desespero, não é vendável”, disse na semana passada o treinador, afirmando ainda que o clube lhe deve pelo menos R$ 40 mil, já que havia emprestado cheques pessoais para quitar dívidas da agremiação.
Eduardo só tomou conhecimento que seria trocado por Cláudio Adão através da imprensa, o que o irritou. “A gente fica chateado, afinal fiquei sabendo pela imprensa”, disse então. Sobre o reencontro de domingo, Henrique tratou de evitar polêmica e disse que se trata de um jogo ‘normal”. “Será um jogo bom, o Mato Grosso precisa continuar ganhando, o Mixto também, mas não vejo nada de excepcional”, desconversou o treinador.