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Palmeiras tem "batismo" frustrante e perde por 2 a 0 para o Libertad

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Gilson Kleina foi para o Paraguai destacando o "batismo" seu e de quase todos os seus comandados, que participariam de seu primeiro jogo no exterior em uma Libertadores. Uma primeira vez para esquecer. Sem organização nem nada além de vontade, o time perdeu por 2 a 0 para o Libertad nesta quinta-feira, em Assunção.

Não só a inexperiência, mas a má postura tática e também qualidade para se igualar ao adversário foram decisivos nesta noite. Os anfitriões abriram o placar no estádio Nicolás Leoz aos 11 minutos do primeiro tempo, com Velázquez, e aos nove do segundo tempo, com Pedro Benítez, teve dois gols anulados por impedimento e perdeu muitas outras chances.

Na tentativa de se encontrar ao menos na tabela, o Verdão, que não jogará neste fim de semana pelo Campeonato Paulista, terá que mostrar força fora de casa. Na quarta-feira, o time brasileiro, terceiro colocado no grupo 2 da Libertadores, vai à Argentina enfrentar o Tigre, que precisa da vitória em casa para não se complicar.

No mesmo dia e horário (19h45 de Brasília), o Libertad recebe o Sporting Cristal, do Peru, vice-líder da chave por ter saldo de gol positivo – o Palmeiras, também com três pontos, sai de Assunção com saldo -1.

O jogo – Gilson Kleina deu entrevistas antes do jogo descrevendo exatamente a estratégia ofensiva do Libertad, com Núñez impondo velocidade pelas pontas, Velázquez se mexendo na área para criar espaço, três volantes no meio-campo para apertar a saída de bola e aparecer na frente e ainda a aparição constante do lateral direito Moreira no ataque, assim como o meia Samudio aberto pela esquerda. Só faltou colocar a teoria em prática.

Os primeiros 15 minutos mostraram que apenas um time em campo adotou o espírito de vencer a qualquer custo, e foi exatamente a equipe paraguaia apoiada por um estádio com menos de 10 mil torcedores presentes. O Verdão, por sua vez, parecia não conhecer nada do que seu técnico tinha dito anteriormente. Perdidos, os jogadores se olhavam surpresos pelo jogo imposto pelos anfitriões.

O Palmeiras mal conseguia ficar com a bola, e durante dez minutos precisou de sorte para não sofrer gol. Primeiro, em um dos primeiros dos muitos lançamentos que encontraram Núñez sem marcação, Fernando Prass se chocou com sua zaga e consegui se esticar para evitar o gol. Mais tarde, em lance idêntico, ninguém atrapalhou Núñez, que não abriu o placar somente porque estava impedido.

Aos 11 minutos, o que parecia óbvio aconteceu. Mauricio Ramos errou no bote fora da grande área e, mais uma vez, não conseguiu acompanhar Núñez, que cruzou da direita para Velázquez, livre entre a marca do pênalti e a pequena área, cabecear nas redes. Exatamente como Kleina sabia que o Libertad ia fazer, mas não conseguiu evitar.

No minuto seguinte, foi Samudio quem não tinha ninguém para atrapalhar e levar susto cruzando para a bola passar em frente ao gol de Prass. Pouco depois, Mauricio Ramos levou cartão por ter cometido falta na tentativa de parar Núñez. Lances que comprovavam a condição de espectador dos brasileiros no estádio Nicolás Leoz.

Aos 31 minutos, outra vez um impedimento salvou o Palmeiras. E de levar um gol que comprovava a superioridade dos donos da casa. Após cobrança de escanteio mal executada, Núñez conseguiu tocar de letra para Velázquez, em posição ilegal, encobrir Prass. Tudo com os comandados de Kleina só assistindo.

Sem nenhuma organização defensiva ou ofensiva, o Verdão apostou em sua maior virtude: a vontade. À base de chutões e correria, criou dois lances consecutivos, ambos em arrancada de Vinicius, que chutou duas vezes na zaga adversária, que ainda antecipou a Patrick Vieira no rebote.

Com poucas chances de tocar na bola, o Palmeiras ainda conseguiu acertar a trave, em lançamento preciso de Souza para Wesley aos 44 minutos. Mesmo assim, a derrota parcial por 1 a 0 poderia ser bem maior. No intervalo, Kleina resolveu apostar na capacidade de Valdivia em ficar com a bola e promover a estreia do centroavante Kleber, sacando para a entrada de ambos o zagueiro Mauricio Ramos e o meia Patrick Vieira.

Mas Valdivia, uma das apostas do técnico para o segundo tempo, já tinha recebido cartão amarelo por reclamação enquanto ainda estava no banco de reservas. E se exaltar demais com a arbitragem foi o problema novo do time na etapa final, até em concordância com o que tinha feito o treinador ao quase entrar em campo cobrando um cartão no primeiro tempo. Wesley quase trocou agressões com um rival, apoiado por Vilson.

Uma das reclamações do Verdão veio de Henrique, capitão da equipe. O zagueiro foi atingido pela mão de um adversário e saiu com nariz sangrando. Chegou a voltar a campo, mas o algodão estava sangrando e o árbitro, seguindo o regulamento, o mandou sair de novo com uma falta frontal contra o Palmeiras.

Sem o zagueiro, mas cheio de jogadores de verde na grande área, o time paulista levou mais um gol. Aos nove minutos, Samudio recebeu livre e ninguém subiu para cortar seu cruzamento, que encontrou Pedro Benítez em condições de escolher para onde testar a bola e fazer 2 a 0.

Na sequência, novos cartões por reclamação. Só foi possível ver Valdivia e Kleber com a bola nos pés exatamente por se direcionarem ao árbitro em relação a faltas, algumas vezes com argumentações justas. A técnica e a organização ainda eram ausentes, tanto que Henrique terminou o jogo como atacante, com Marcelo Oliveira na zaga, sendo que o time já tinha em campo Maikon Leite, Vinicius e Kleber no setor, com Valdivia na armação. Assim, não deu nem para se igualar ao Libertad no Paraguai.

 

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