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Dorival admite que presença de argentinos no Palmeiras foi problema

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Demitido do Palmeiras na última segunda-feira, Dorival Júnior se permitiu fazer algumas declarações que estava segurando. Criticado por alguns dos jogadores argentinos do elenco, o técnico devolveu os questionamentos como o feito pelo zagueiro Tobio.

“O atleta nunca aponta o dedo para si próprio. Aponta o dedo para o companheiro do lado, para o treinador, para o torcedor”, disse o treinador à ESPN Brasil. O Tobio não poderia ter feito o que ele fez. Tem uma hierarquia no clube, e ela tem que ser respeitada.

O beque argentino usou a internet para dizer que não foi utilizado na última rodada do Campeonato Brasileiro por opção de Dorival, não por lesão. Antes da partida – que teve Lúcio muito mal –, ele já havia escrito a mensagem “Meu Deus”, replicada pelo compatriota Mouche.

“Eu nunca expus um atleta para a mídia, para os torcedores”, disse o técnico, insistindo que a condição física era problemática para um zagueiro. “Ele não fala que foi ao médico e pediu para não ser relacionado. Como ele foi direto e tocou no assunto, o seu Tobio tem que ser responsável também. Está na hora de os técnicos se defenderem".

O atacante Mouche foi outro que andou reclamando do comandante. Dorival reconheceu que as chances dele foram menores, se comparadas a outros argentinos do elenco, mas questionou as condições físicas apresentadas por ele, um dos que chegaram quando Ricardo Gareca era o chefe.

“O Cristaldo foi titular por nove, dez jogos. O Tobio era o titular até se machucar. O Allione, em todos os momentos em que coloquei como titular, foi expulso. O Mouche demorou para entrar em forma, disso ele se esquece. Demorou 45 dias para começar a trabalhar um pouco melhor”, comentou o agora desempregado treinador.

Para Dorival, a herança de argentinos deixada por Gareca foi um problema até matemático. “Fica muito complicado. No momento em que assinei, tinha acontecido a chegada de mais quatro que estavam sendo inseridos. Eram oito estrangeiros, e só poderíamos contar com cinco. É um problema ainda maior, porque são jogadores que estavam acostumados a atuar em seus clubes”.

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