A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) não tem a intenção de permitir o uso do terceiro carro para algumas equipes da Fórmula 1. Em crise financeira, a Caterham e a Marussia estão longe de confirmar participação no Mundial de 2015 e suas ausências descumpririam os contratos entre a FIA e a Formula One Management (FOM), que prevê o mínimo de 20 carros nas provas.
No entanto, o presidente da FIA, o francês Jean Todt, vai na contramão do regulamento e descarta a utilização do terceiro carro: “Nós podemos correr com nove equipes. Não é um desastre. Eu me lembro de um grid com 16 motos na MotoGP e, ainda assim, as corridas eram muito boas”.
Caso o grid tenha menos de 20 carros, os contratos pedem que a FIA faça uma solicitação à algumas equipes – neste caso, as maiores – para que disputem o campeonato com um terceiro modelo. Para isso, teria de ser feito um pedido com 60 dias de antecedência.
Todt ainda analisa a situação da principal categoria do automobilismo mundial como normal, já que em épocas passadas outras equipes também fecharam. O francês também lembra que a Haas já tem presença confirmada no grid de 2016.
“Faz parte da F1. Você tem equipes que historicamente sempre estiveram aqui, times apoiados por benfeitores que entravam e saíam e pequenas escuderias. Tudo isso é a F-1. Não estou feliz em ver que a Marussia e a Caterham têm problemas. Eu simpatizo com elas, mas isso sempre aconteceu”, disse o mandatário, que prevê uma redução nos custos para atrair novas equipes.
“Podemos ainda fazer um novo processo para atrair uma ou mais equipes. Queremos incentivar times e patrocinadores, por isso, sei que precisamos reduzir os custos”, completou o francês.