A partida contra o Figueirense, neste domingo, será a última do meia Kaká no Morumbi. Pronto para começar a defender o norte-americano Orlando City, que o emprestou para o São Paulo no segundo semestre desta temporada, o veterano já começou a cativar saudades em seus companheiros.
Um dos jogadores que mais lamentam a saída de Kaká é Paulo Henrique Ganso, órfão do parceiro de armação de jogadas a partir de 2015. “Sou fã incondicional do Kaká desde sempre. Foi uma honra jogar com ele. É um cara que nos ajudou bastante, com quem nos entrosamos dentro e fora de campo. Ele é fantástico. Vai deixar muitas coisas boas e experiência para o grupo”, enalteceu.
Conformada com a devolução de Kaká ao futebol dos Estados Unidos, a diretoria se divide sobre a possibilidade de buscar no mercado um substituto para a parceria de meio-campo com Ganso. O presidente Carlos Miguel Aidar tem elogiado bastante o versátil Michel Bastos e o considera apto para suprir a carência.
Para Ganso, no entanto, a missão é complicada. “Não sei se temos outro jogador do nível do Kaká para nos ajudar”, avisou, embora não queira os louros pela evolução ofensiva do time na temporada para a dupla de armação. “Não digo que tenha sido só Ganso e Kaká. A equipe encontrou uma forma de jogar taticamente que encaixou”, opinou.
Kaká pode não ser o único veterano a deixar o elenco do São Paulo ao final da temporada. O goleiro Rogério Ceni está propenso a se aposentar aos 41 anos e também recebeu rasgados elogios de Ganso. “O apelido dele já o define: mito do futebol mundial”, exaltou, lembrando que o colega o ajudou a superar a desconfiança em sua chegada ao Morumbi.
No caso da perda do capitão, contudo, o meia não vê o time de Muricy Ramalho carente de lideranças. “Espero que ele possa continuar por muitos anos. Mas, para ser campeã, uma equipe precisa de vários líderes. Não é só o Rogério. Ele até abre espaço para a gente falar antes dos jogos, então outros líderes aparecem naturalmente”, concluiu Paulo Henrique Ganso.