Se antes a Copa Sul-americana era mero caça-níquel na visão do presidente do São Paulo, o torneio agora é encarado por ele como a única chance de fechar sua primeira temporada à frente do clube com título. Chance que também ficou mais difícil após a derrota por 1 a 0 para o Atlético Nacional na primeira semifinal.
"Sem dúvida nenhuma, a Sul-americana agora virou alvo principal. Alcançar o Cruzeiro é praticamente impossível", disse Carlos Miguel Aidar, na madrugada desta sexta-feira, ao retornar de Medellín descrente na hipótese de tirar a diferença de sete pontos do time mineiro no Campeonato Brasileiro, sendo que restam apenas nove em disputa.
Quando sua equipe caiu na terceira fase da Copa do Brasil para o Bragantino, no entanto, a análise sobre as competições mata-mata nacional e continental era diferente, ainda que ela talvez tenha sido uma resposta à hipótese levantada à época de que o São Paulo teria cavado sua eliminação de propósito – o que o transferiu automaticamente à Sul-americana.
Depois de eliminar Criciúma, Huachipato (Chile) e Emelec (Equador), o rival na semifinal é o colombiano Atlético Nacional, para o qual a equipe treinada por Muricy Ramalho perdeu por 1 a 0, em Medellín, na última quarta-feira. Ocasião em que, para Aidar, a arbitragem do do uruguaio Daniel Fedorczuk prejudicou o São Paulo. Ele reclama do lance em que o atacante Alan Kardec foi derrubado pelo goleiro adversário e machucou o tornozelo direito.
"Ele está de muleta, com uma lesão forte no pé. Foi uma falta gravíssima do goleiro, fora da área. Um carrinho violento que nem sequer foi punido com advertência. Mas, enfim, em Sul-americana e Libertadores, é um preço caro que se paga", criticou, criando pressão para o jogo da próxima quarta-feira, no Morumbi. "Espero que venha um árbitro melhor", disse, talvez sem saber que já há definição: o árbitro principal será o equatoriano Roddy Zambrano.
Além da reclamação pública, Aidar revelou ter pedido ajuda de Marco Polo Del Nero, presidente eleito da Confederação Brasileira de Futebol para 2015. "O ex-presidente da Federação Colombiana até hoje integra o comitê executivo da Fifa. Eu alertei o presidente Marco Polo que temia pelas arbitragens. Já tivemos problemas e voltamos a ter no jogo de ontem (quarta-feira). Vamos ver se melhora daqui para frente", foi seu argumento.