Em coletiva nesta segunda-feira, o técnico da Seleção Brasileira Dunga desmentiu qualquer insinuação acerca de uma provocação, flagrada pelas câmeras de televisão, a um membro da comissão técnica da Argentina, em partida válida pela terceira edição do Superclássico das Américas, disputado na China. O comandante canarinho afirmou que não se reportou aos problemas de Maradona com o uso de drogas ao colocar a mão no nariz.
Ao ser perguntado sobre o gesto polêmico, em entrevista no Estádio Nacional de Cingapura, onde o Brasil enfrenta o Japão, nesta terça, o treinador garantiu que o gesto foi para comentar a péssima qualidade do ar da capital chinesa. O bate-boca envolvendo o treinador brasileiro e o argentino Jorge Pautasso, auxiliar técnico de Tata Martino, vem à tona como reflexo da polêmica gerada em 1990, quando se falou que os brasileiros foram contaminados por uma ‘água batizada’ no duelo contra a Argentina, na semifinal.
“Como tinha muita poluição, tinha o nariz sempre trancado. Quem está falando que usou droga ou não é você”, defendeu Dunga, tentando se ausentar da polêmica. “Nós estamos trabalhando na Seleção Brasileira e eu acredito que o torcedor brasileiro quer um time competitivo e com sangue na veia. Se quiser um time mais tranquilo e ponderado, aí depende das escolhas”, prosseguiu.
Focado na partida contra a seleção japonesa, Dunga reclamou da qualidade do gramado do Estádio Nacional de Cingapura após comandar a última atividade com bola antes da partida. “Tem mais areia do que grama. Tem grama sintética e pouca grama natural, os jogadores vão ter um pouco de dificuldade para controlar e passar a bola. Eles têm de tomar muito cuidado, vamos esperar que essa ‘grama-areia’ não abra muitos buracos durante o jogo”, avaliou.