O gerente de futebol do Santos, Zinho, não poupou esforços para defender o centroavante Leandro Damião, questionado pela torcida desde o início do ano. O dirigente discordou das críticas feitas ao camisa 9 do Peixe pelo ex-presidente do clube, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, que nesta quarta-feira, no lançamento da candidatura de Fernando Silva às eleições presidenciais do Santos, chamou Damião de “pangaré” e disse que jamais aceitaria pagar R$ 42 milhões para contratar o jogador.
“É ano de eleição, não vou entrar nesse embate. Só acho um desrespeito com o profissional, um atleta trabalhador, responsável… Nenhum pangaré chega à Seleção Brasileira. Mesmo não estando no melhor momento da carreira, desperta o interesse de grandes clubes brasileiros e do exterior”, afirmou Zinho em entrevista à ESPN Brasil.
O dirigente revelou que, no começo do ano, “vários times grandes” do Brasil procuraram o Santos para tentar contratar Damião por empréstimo. “É um jogador que nos ajuda muito, que está totalmente entrosado com o grupo. Eu gosto muito do Damião, é um centroavante difícil de encontrar no mercado. Tem que voltar à fase dele, mas está apenas no início da história no Santos. Acho que vai dar uma resposta positiva para alegrar o torcedor do Santos, e até uma resposta financeira no futuro”.
Zinho negou que o Santos tenha errado nas contratações, que motivaram críticas públicas do ex-técnico Oswaldo de Oliveira à diretoria. O treinador deixou o clube reclamando das saídas de Montillo e Cícero e do fracasso na contratação do chileno Vargas.
“Após a Copa do Mundo, tentamos de novo (contratar o Vargas), mas é um jogador muito caro. Até por empréstimo, era um absurdo. O Cícero foi um jogador para o qual o clube fez proposta, mas ele tinha uma oferta melhor do Fluminense e não quis ficar. Faz falta para qualquer time, mas entendemos que ficaria muito desgastante (se Cícero permanecesse)”, afirmou.
Outro dos jogadores questionado, principalmente depois do fracasso na final do Campeonato Paulista (perdida para o Ituano), o meia Geuvânio também recebeu apoio de Zinho. Alçado à condição de titular nas últimas três partidas, o jogador retomou o bom futebol sob o comando do técnico Enderson Moreira.
“Ele (Geuvânio) sentiu muito a perda do título paulista. Ele se abateu um pouco, começou a perder espaço e não aproveitou as poucas oportunidades que começou a ter. Mas temos que acreditar nele. A chegada do Enderson foi importantíssima para que ele ganhasse confiança de novo”, afirmou.
Contrário à demissão de Oswaldo de Oliveira, Zinho elogiou o desempenho de Enderson Moreira, que acumula seis vitórias, um empate e duas derrotas no comando do Santos.
“Não era a favor da saída do Oswaldo naquele momento, mas foi uma decisão da direção do clube. Somos profissionais, aceitamos normalmente. A partir do momento que a decisão foi tomada e o Enderson chegou, demos total apoio a ele”, declarou.