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Lista de dispensas pós-Goiás gera primeiro atrito entre Nobre e Dorival

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Em sua terceira semana de trabalho no Palmeiras, o técnico contratado para evitar o rebaixamento no Brasileiro na temporada do centenário do clube já bate de frente com o temperamento de Paulo Nobre. A dois meses da eleição, o presidente tenta mostrar ação após a derrota por 6 a 0 para o Goiás e repete seguidamente que quer “enxugar o elenco”. Um sinônimo menos doloroso para dispensas, e um problema que Dorival Júnior não queria lidar.

O treinador concorda que o plantel é mais numeroso do que deveria, mas ainda não se sente em condições de avaliar quem pode ser descartado, até mesmo com tantos desfalques e pouca gente saindo do departamento médico. Mais do que isso, o discurso do dirigente em meio ao trabalho de Dorival para ter o grupo na mão é visto mais como prejudicial do que benéfico.

“Entendo a posição da diretoria, que tentem gerar um fato novo em razão de um resultado que nos deixou chateados, envergonhados. É natural tomar algumas medidas que façam com que exista um alento, uma motivação. Mas não houve lista de dispensa”, disse Dorival, bastante irritado com o termo “dispensa”.

Mas Nobre, como se tentasse dar uma resposta aos seus eleitores, não abre mão de falar que atletas logo sairão. “A ideia é para melhor desenvolvimento do trabalho. Não pelo 6 a 0 do Goiás, mas pela situação na tabela. Chegamos à conclusão de que trabalhar com um elenco um pouco mais enxuto seria mais produtivo. Só isso”, falou o presidente nessa quinta-feira, no Pacaembu.

Josimar já foi liberado para a Ponte Preta e Weldinho e Felipe Menezes estão na lista que Dorival nega existir. Podem virar moeda de troca para a chegada de reforços da Série B nos próximos dias. Mas o técnico, pensando no elenco, tem feito questão de relacionar ambos – mesmo sem usá-los. “Depois de um resultado como aquele, muitas coisas foram geradas, de fora para dentro também, e estamos ainda tentando encontrar um rumo para o trabalho”, afirmou.

O responsável por colocar a situação “de fora para dentro”, porém, garante blindar o elenco, ao mesmo tempo que diz não pensar na reeleição – embora trabalhe ativamente na busca por alianças políticas. “Na situação do Palmeiras hoje, não tenho o direito de tirar a minha atenção, não penso em eleição. Sempre damos apoio ao elenco, cobrando quando precisa, protegendo e blindando de qualquer influência externa para ter condição de trabalhar. Tenho certeza absoluta de que esse grupo vai sair dessa situação”, declarou Nobre.

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