A diretoria da Portuguesa recorreu ao responsável pelo último milagre da equipe na Série B para tentar se livrar do rebaixamento neste ano, mas não será fácil Vagner Benazzi ter o mesmo sucesso de 2006. No primeiro jogo sob o comando do novo treinador, a Portuguesa sofreu no Canindé. Diante de sua torcida, a Lusa saiu perdendo com um golaço de Morato, mas viu Luciano Castán buscar o empate em 1 a 1 já aos 45 minutos do segundo tempo.
Depois de não vencer mais um jogo como mandante, a Portuguesa permanece em situação muito complicado. Agora, o time do Canindé soma apenas 18 pontos, ocupando o 18º lugar por causa da punição do STJD ao América-MG. O desafio na próxima rodada, na sexta, será contra o América-RN, na Arena das Dunas.
Já o Boa Esporte não consegue se aproximar do grupo dos quatro melhores colocados. A equipe mineira permanece na sexta colocação, com 35 pontos somados, e conta com o retorno a Varginha para voltar a vencer. Neste sábado, ás 21 horas, recebe o Paraná Clube, no Melão.
Pressão do Boa, mas nada de gols
Com uma missão quase impossível pela frente, Vagner Benazzi tinha como primeira tarefa mexer na disposição da Portuguesa dentro de campo. O time do Canindé voltava a encontrar a torcida e precisava vencer de qualquer maneira para não se encontrar em situação ainda mais complicada. Quando a bola rolou, no entanto, o cenário foi diferente.
A pressão era sobre os visitantes, mas foi o Boa Esporte quem assustou primeiro. Logo aos cinco minutos de jogo, Karanga abriu no lado esquerdo para Tomas, que soltou a bomba e carimbou o travessão de Rafael Santos. Na sequência, Thiago Carvalho desviou de cabeça e a bola passou muito perto da trave rubro-verde.
Apesar de ter o domínio do jogo no início, a equipe de Varginha não conseguiu transformar a superioridade em gols, e assim foi obrigada a diminuir o ritmo dentro de campo. Desta forma, após a metade do primeiro tempo, a Portuguesa conseguiu equilibrar as ações e aliviou a pressão dos visitantes.
O time da casa, porém, tinha pouca criatividade para chegar com perigo. A melhor chance do primeiro tempo foi criada com Gabriel Xavier, jogador mais lúcido da Lusa dentro de campo, mas o meia, depois de deixar a marcação para trás, pegou mal na bola e facilitou para a defesa mineira.
Empate no fim para dar esperança
A etapa complementar começou sem grandes mudanças no Canindé. As duas equipes seguiam sofrendo bastante com a falta de qualidade no campo ofensivo e ainda voltaram em ritmo mais lento. Vagner Benazzi tentava adiantar os seus comandados, mas a Portuguesa não conseguia pressionar o adversário.
Diante do cenário complicado, o time da casa acionou a sua única esperança dentro de campo para assustar o Boa Esporte. Depois de receber o cruzamento da esquerda, Gabriel Xavier dominou com estilo, tocou na saída do goleiro, a bola não ganhou força e João Carlos salvou o time mineiro com boa defesa.
O lance fez com que a Portuguesa melhorasse em campo. Apesar da falta de qualidade, a torcida não poderia reclamar do empenho dos jogadores rubro-verdes. Ao ver o tempo passar, não restou outra opção para os anfitriões a não ser passar a figurar mais tempo no campo ofensivo.
A falta de qualidade pesou, a Lusa não conseguiu marcar, e foi castigada pelos visitantes. Quando o relógio marcava 38 minutos do segundo tempo, Karanga puxou o contra-ataque, a zaga afastou, mas Morato ficou com a sobra, emendou a bomba de fora da área e marcou um golaço no Canindé.
A torcida rubro-verde via o filme se repetir mais uma vez no Canindé, já aceitava mais uma derrota, porém o time da casa foi buscar o empate aos 45 minutos do segundo tempo. Júnior Alves levantou a bola na área, Luciano Castan subiu de cabeça e balançou as redes, para dar esperanças aos lusitanos.