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Com gol de Ceni e olé, São Paulo bate Cruzeiro e confirma briga por título

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Diante de um Morumbi cheio, o São Paulo confirmou neste domingo que é o grande concorrente do Cruzeiro na luta pelo título do Campeonato Brasileiro. No jogo considerado decisivo pelos tricolores, o time dirigido por Muricy Ramalho venceu a equipe celeste por 2 a 0, quebrou uma longa invencibilidade dos mineiros e diminuiu a distância para a ponta da competição.

O atual campeão brasileiro não só foi dominado como ainda ouviu os gritos de “olé” em quase metade do segundo tempo. O primeiro gol foi marcado por Rogério Ceni, que bateu pênalti para assinalar pela sétima vez contra o goleiro Fábio. Este foi ainda o sétimo também do capitão tricolor sobre o time mineiro. Já na etapa final, Alan Kardec fez mais um e acabou com qualquer esperança de reação.

Com os resultados deste domingo, o Cruzeiro permanece com 46 pontos, na liderança isolada, mas tem agora o Tricolor mais perto, com 42, na segunda posição. A aproximação neste domingo era considerada fundamental pelos são-paulinos.

O time mineiro não sofria uma derrota pelo Brasileirão desde 28 de maio, quando perdeu por 1 a 0 para o Corinthians. Depois disso, os cruzeirenses vinham de três empates e nove vitórias. Na próxima rodada, na quarta-feira, o time de Marcelo Oliveira buscará sua reação contra o Atlético-PR, no Mineirão. Já o São Paulo, que não é derrotado no Brasileirão desde 27 de julho, vai ao Couto Pereira para encarar o Coritiba, também na quarta.

O jogo – Empurrado pelo grande público no Morumbi, o São Paulo começou pressionando o adversário. Assim, no início do confronto, Everton Ribeiro errou passe na saída de bola e deixou de presente para Alexandre Pato, que avançou e tocou na direita para Ganso finalizar, mas a batida saiu fraca, facilitando para Fábio. Na jogada seguinte, Pato quase escapou sozinho em rápido avanço e acabou parado por falta de Dedé, que recebeu o cartão amarelo. Na cobrança da infração, os são-paulinos tentaram uma jogada ensaiada e viram a defesa celeste afastar.

Depois de ter se segurado nos minutos iniciais, o Cruzeiro começou o seu trabalho para ameaçar também os donos da casa. Aos 11, Ricardo Goulart avançou pela esquerda, tabelou com Marcelo Moreno e recebeu de volta dentro da área para finalizar, mas a defesa travou na hora certa. No lance posterior, Goulart recebeu cruzamento da direita e cabeceou, obrigando Ceni a sair do gol para evitar que algum cruzeirense complementasse.

Com Kaká e Alan Kardec muito bem marcados, o São Paulo buscava alternativas para ameaçar o Cruzeiro. Assim, Ganso cobrou falta com perfeição para a área, encontrando Rafael Toloi livre, mas o zagueiro cabeceou errado, mandando para fora. O time visitante se posicionou para frear o ímpeto dos mandantes, inclusive com a ajuda dos jogadores de frente na marcação, sempre à espera de oportunidades para contra-atacar o time de Muricy Ramalho.

Assim, aos 17, Rogério Ceni bateu tiro de meta em busca de Auro na direita do ataque, mas o meia Alisson, que foi colocado por Marcelo Oliveira para fechar o setor, ganhou a jogada do lateral são-paulino. Na sequência do lance, Ricardo Goulart recebeu a bola e percebeu Ceni adiantado, tentando marcar o gol por cobertura, mas a bola bateu na rede de cima da meta. Pouco tempo depois, uma jogada trabalhada pelo Cruzeiro na esquerda chegou a Alisson, mas Ceni deixou o gol e mandou para escanteio.

O time celeste percebeu a segurança na marcação e deixou evidente sua rapidez também nas respostas. Em cobrança de escanteio do São Paulo para a área, a defesa do clube mineiro afastou, e Everton Ribeiro armou contragolpe, que chegou à direita da área para Ricardo Goulart finalizar em busca do ângulo, exigindo grande defesa de Ceni.

No momento em que o Cruzeiro parecia ser mais perigoso, o São Paulo contou com a habilidade de um de seus integrantes do quarteto ofensivo. Ganso recebeu pela direita da área, driblou para o meio e foi derrubado por Dedé. Leandro Vuaden marcou pênalti, e Kaká reclamou com o árbitro, pedindo o segundo cartão amarelo ao zagueiro. O meia protestou tanto que acabou advertido. Na cobrança, aos 35, Rogério Ceni bateu forte para abrir o placar.

O gol deu confiança ao São Paulo e assustou o Cruzeiro, que escapou de levar outros no primeiro tempo. Já perto do fim da etapa, Pato dominou a bola em velocidade, em rápido contra-ataque, encarou a marcação e segurou demais, até chutar em cima da marcação, quando Kardec e Kaká aguardavam o passe e lamentaram o exagero do colega no individualismo. Antes do apito, Kaká recebeu pela direita da área, nas costas da defesa, e finalizou na saída de Fábio, que fez grande trabalho.

No intervalo, Marcelo Oliveira mudou seu time. Para não correr mais risco de expulsão, Dedé foi substituído por Manoel. Porém, o São Paulo voltou melhor para a etapa final. Na primeira jogada, Kaká cruzou da esquerda, e Kardec errou o cabeceio. Mas a bola ficou com o próprio atacante, que ajeitou no peito e soltou um chute forte para acertar a trave. A resposta do Cruzeiro foi imediata. A defesa são-paulina parou imaginando impedimento dos adversários, e Everton Ribeiro dominou na esquerda para chutar forte, em mais uma grande defesa de Ceni.

O São Paulo se posicionou para segurar o adversário e aguardar o momento certo de matar o jogo. Mas o Cruzeiro continuou perigoso. Em disputa de bola na área, Ricardo Goulart ganhou de Rafael Toloi e rolou para Marcelo Moreno finalizar para fora. Os são-paulinos reclamaram muito, pois alegaram ter existido falta sobre o zagueiro. Do outro lado, Edson Silva aproveitou rebote fora da área e arrematou com força, para defesa de Fábio.

Disposto a abrir seu time para buscar o empate, Marcelo Oliveira tirou Lucas Silva e colocou o ex-são-paulino Dagoberto. Mas a estratégia não foi suficiente. Aos 26, Ganso bateu escanteio, e Kardec cabeceou com liberdade, para defesa de Fábio. Porém, o rebote sobrou no pé do mesmo atacante, que chutou para a rede.

A partir daí, o Cruzeiro ficou entregue em campo. O líder do Brasileirão se viu envolvido pelo São Paulo e nem mesmo a entrada de Júlio Baptista na vaga de Ricardo Goulart mudou alguma coisa. Kaká ainda teve a chance de fazer o terceiro, pois saiu de frente para Fábio, que defendeu, enquanto Pato pedia livre no meio a área. Ainda faltavam mais de dez minutos de jogo e a Raposa já não reagia, inclusive ouvindo gritos de olé dos são-paulinos, que fizeram festa até o apito final.

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