Alberto Valentim inicia nesta semana, como interino, um desafio que marcará o começo da passagem de qualquer técnico escolhido para o Palmeiras. A diretoria apostou tanto em Ricardo Gareca que contratou quatro argentinos solicitados por ele, e, agora, o quarteto precisa encontrar lugar no time mesmo sem nenhum deles ter, realmente, convencido no clube.
Para facilitar sua adaptação, Gareca solicitou uma série de compatriotas e recebeu o zagueiro Tobio, o meia Allione e os atacantes Mouche e Cristaldo. Em campo, nenhum deles foi suficiente para manter o treinador. E o presidente Paulo Nobre é obrigado a tentar desconversar dizendo que todos vieram também com aval da diretoria, embora seja clara a total confiança que os dirigentes depositavam no ex-técnico.
“Todos que foram indicados pelo Gareca foram aprovados pelo Palmeiras. O próprio Gareca pedia que avaliássemos bem porque a comissão técnica só tinha um ano de contrato, poderia não estar no ano que vem, e os jogadores continuariam porque têm contratos de três, quatro, cinco anos”, contou o mandatário.
Mesmo se não convencerem o novo chefe, os quatro contam com garantia de vida longa no clube. Tobio, de 25 anos, veio do Vélez Sarsfield e tem contrato até 2019, assim como Allione, que tem 19 anos e é outro vindo do ex-time de Gareca. Já Cristaldo, de 25, assinou até 2018 para sair do Metalist, da Ucrânia, e Mouche, único dos indicados que não tinha trabalhado com Gareca, veio do Kayserispor, da Turquia, e possui vínculo até 2019, quando terá 31 anos de idade.
“Não tem argentino, brasileiro, chileno, paraguaio ou uruguaio, são jogadores da Sociedade Esportiva Palmeiras. Todos foram avaliados e aprovados pelo Palmeiras. São bons jogadores e contamos muito, muito com eles e com todos do elenco”, comentou Nobre, em mais uma tentativa de motivação.
O presidente, contudo, se esquece do limite de cinco estrangeiros por jogo permitido pela CBF. Ao atender os pedidos de Gareca, o Verdão se tornou o clube com mais atletas de fora do País deste Brasileiro e, por isso, o novo técnico terá sempre que deixar, ao menos, três dos oito estrangeiros fora.