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Palmeiras se interessa por Willian José e acha Cleiton Xavier “difícil”

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Se Facundo Ferreyra acertou com o inglês Newcastle e Lucas Pratto e Jonathan Cristaldo são negociações complicadas, o Palmeiras vai atrás de uma alternativa brasileira para o ataque. Livre após sair do time B do Real Madrid, Willian José, ex-São Paulo, Santos e categorias de base da Seleção Brasileira, negocia com o Verdão.

“O Willian José é um jogador que temos interesse”, confirmou o diretor executivo José Carlos Brunoro durante sua participação no programa Mesa Redonda desse domingo, na TV Gazeta, sem dar mais detalhes sobre a negociação. “Temos interesse”, limitou-se a dizer.

Willian José chegou a atuar contra o Real Sociedad, em abril, pela equipe principal do Real Madrid no Campeonato Espanhol, mas não faz parte dos planos do técnico Carlo Ancelotti e, como o time B do clube caiu para a terceira divisão nacional, está à disposição no mercado, e representantes do Palmeiras já conversaram com seus empresários na semana passada.

Willian José seria uma opção mais viável e barata do que Lucas Pratto, do Vélez Sarsfield, e Jonathan Cristaldo, do Metalist, da Ucrânia, ambos atacantes argentinos que trabalharam com Ricardo Gareca e que foram indicados pelo treinador, mas são transações com valores complicados para a situação financeira palmeirense.

A mesma explicação se dá para Cleiton Xavier. Próximo do presidente Paulo Nobre desde que tratou lesão na Academia de Futebol no ano passado, o meia já disse que aceita voltar para o Verdão, mas não está disposto a brigar com o Metalist para romper seu contrato, que acaba em 2017. Assim, por enquanto, o negócio só andaria com o pagamento de 6 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões), quantia complicada até para qualquer investidor por se tratar de um atleta de 31 anos.

“Não digo que não tem chance porque é um sonho antigo nosso trazer o Cleiton de volta, mas é bem difícil. Os clubes da Ucrânia têm muito dinheiro e, às vezes, não admitem nem conversar”, relatou Brunoro, adiantando que a esperança de que os conflitos na Ucrânia facilitem a tratativa também pode não se concretizar.

“Por conta das situações que existem naquele lado do mundo, os clubes têm vários jogadores não querendo ir para lá, como outros que já sondamos, mas os clubes, por terem muito dinheiro, não vendem nem emprestam”, disse o diretor executivo, que tentou, em vão, contratar Facundo Ferreyra, que o Shakhtar Donetsk emprestou ao Newcastle por uma temporada.

Brunoro também adianta que o meia precisa aceitar um salário menor para voltar. “Não falo só do Cleiton, mas, de um modo geral, o jogador que está lá fora diz que quer voltar, se vende bacana para a torcida, e não reduz o salário. E é irresponsável e impossível pagar os salários da Ucrânia”, alertou, já pedindo calma à torcida.

“Criticam a mim, ao Paulo e ao Palmeiras em geral por austeridade, mas é responsabilidade por uma entidade como o Palmeiras. Não estamos brincando, estamos levando o Palmeiras muito a sério para ser forte perenemente, não um dia sim, outro não. É uma responsabilidade muito maior que austeridade”, defendeu-se Brunoro.

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