Com a Arena da Baixada com portões fechados, em uma das tardes mais geladas do atual inverno curitibano, o Atlético Paranaense parece ter congelado e, em uma atuação aquém do que vem mostrando no Campeonato Brasileiro, e perdeu para o Fluminense por 3 a 0, colocando uma interrogação na cabeça de seu torcedor. Pode o time manter em qualquer partida seu esquema com três atacantes?
O técnico Doriva apostou que, após a vitória sobre o Criciúma, isso seria possível. Porém, logo no primeiro tempo, a escolha pareceu equivocada. Aproveitando os espaços deixados pela formação tática do Rubro-Negro, o Tricolor chegou tocando bola até os pés de Jean, que aos 17 minutos do primeiro tempo abriu o placar com um belo chute de fora da área. Aos 35 minutos, cobrando pênalti sofrido por Sóbis, Conca ampliou a vantagem.
Depois do intervalo, o mesmo time e o mesmo esquema. E novamente, aproveitando a liberdade, foi a vez de Cícero, de cabeça, balançar as redes e fazer o terceiro, garantindo os três pontos que levam a equipe carioca aos 22 pontos, na terceira colocação. O Furacão congelou em 19 pontos e saiu do G4.
Na próxima rodada, o Atlético Paranaense enfrenta o Atlético Mineiro, domingo, no Estádio Independência, em Belo Horizonte. Já o Fluminense voltará a campo no mesmo dia para encarar o Goiás, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
O jogo – A partida começou muito estudada, com as duas equipes tentando amar seus primeiros ataques, mas encontrando forte marcação. Sem o torcedor cantando nas arquibancadas, a gritaria era intensa em campo, enquanto o Tricolor se aproveitava bem dos erros de passe atleticanos para avançar.
A primeira tentativa de chute aconteceu apenas aos nove minutos, com Carlinhos abrindo espaço e arrematando em cima da defesa rubro-negra. Aos 11 minutos, Sóbis apareceu pela esquerda e bateu cruzado para saída segura de Weverton. De falta o chute em direção ao gol finalmente saiu aos 15 minutos, em cobrança de Rafael Sóbis, nas mãos do goleiro.
Na sequência da jogada, mais uma bola perdida pelo Atlético e Conca, de fora da área, deu trabalho para Weverton. Mas, aos 17 minutos, não teve jeito. Após troca de passes, Jean acertou um lindo chute, no cantinho, abrindo o placar na Arena. O Furacão dava espaços esperando para usar o contra-ataque, mas a tática se mostrou perigosa, dando liberdade demais para os chutes de longe do Fluminense.
Em jogada individual de Douglas Coutinho, aos 23 minutos, o Rubro-Negro reagiu. O artilheiro atleticano partiu para cima da defesa e chutou rasteiro, pela linha de fundo, com perigo. O jogo voltou a ficar truncado, com muita luta no meio-campo. Até que aos 33 minutos, Sóbis invadiu a área e foi derrubado por Weverton. Pênalti marcado. Na cobrança, Conca não bateu bem, mas balançou as redes para fazer o segundo.
O Atlético tinha problemas de posicionamento e deixava o Fluminense jogar. Aos 40 minutos, a bola foi tocada por toda a extensão da entrada da área até chegar nos pés de Carlinhos, que mandou um petardo na rede pelo lado de fora. Tivesse torcida na Arena, a pressão seria por mudanças no segundo tempo.
Porém, o Furacão voltou do intervalo em nenhuma alteração, assim como os cariocas. Aos dois minutos, Natanael cobrou falta de longe, direto nas mãos de Diego Cavalieri. O Rubro-Negro tentava mostrar que estava mais ligado e apertou a marcação. Porém, seguia dando alguns espaços. O clima era mais tenso. Aos seis minutos, Sueliton e Wagner bateram boca e precisaram ser separados.
A defesa atleticana mostrava insegurança e entregava a bola nos pés do adversário a todo instante. Aos 13 minutos, Marcelo cortou para o meio, e soltou o pé para defesa de Diego Cavalieri. O técnico Doriva finalmente mexeu com as entradas de Mosquito e Dellatorre, que fez sua reestreia no time.
As mudanças deram mais mobilidade ao ataque e o Furacão partiu para a pressão, o que abriu mais espaço ainda para o Fluminense. Aos 20 minutos, levantamento de bola na área atleticana e Cícero, com liberdade, testou para o fundo das redes. Natanael tentou dar o troco, aos 22 minutos, em cobrança de falta perigosa, à esquerda da meta.
O Fluminense administrava a partida e mostrava ter total controle das ações. Aos 28 minutos, Marcelo tentou quebrar a forte marcação em jogada individual, deixando a defesa para trás e batendo para fora, perdendo o que seria um golaço. Aos 36 minutos, Sueliton pegou sobra de bola e chutou. O desvio no caminho quase matou Cavalieri, que foi buscar no cantinho para ceder escanteio. Os minutos finais foram um festival de toques e chutes errados, que mantiveram a contagem em um jogo, especialmente na segunda etapa, fraco.