Se depender do técnico Muricy Ramalho, o prestigiado ataque “galático” do São Paulo, formado por Kaká, Paulo Henrique Ganso, Luis Fabiano, Alan Kardec e Alexandre Pato, ficará apenas na imaginação dos tricolores. Para ele, a união do quinteto, que une atletas consagrados na Europa e jovens tirados a peso de ouro de rivais, poderia render bons frutos, mas ficaria restrita a individualidades.
“É difícil jogar os cinco juntos, porque a parte coletiva é fundamental também. Se não tiver como roubar a bola é complicado. É preciso ter jogadores que priorizem essa parte, de marcar, ajudar voltando”, explicou o comandante.
Muricy ainda aproveitou a oportunidade para minimizar a importância de um time titular pré-estabelecido. O técnico insistiu que é preciso um elenco completo para ser competitivo no Campeonato Brasileiro.
“O banco é importante. A gente acaba tomando muitos cartões e com certeza todos vão ter oportunidade de jogar. Não da para ter só um time, tem que ter um plantel para ganhar. É importante ter opções para mudar o jogo e não só mudar por mudar. Acho que temos essas opções e isso é importante para o Brasileirão”, comentou.
Apesar disso, Muricy acredita ser possível inúmeras possibilidades entre as opções que têm. O comandante do São Paulo sequer descarta a obrigatoriedade de escolha entre os meias Ganso e Kaká, afirmando ser possível que os dois joguem lado a lado.
“Da para jogar, têm estilos diferentes. Ganso cadencia mais, não entra tanto na área. Já o Kaká tem mais chegada. Todos bons jogadores podem jogar juntos, desde que se tenha o pensamento de não trabalhar so individualmente, mas também coletivamente. O Kaká, que veio de fora, já tem essa consciência”, afirmou.