No dia seguinte ao maior massacre da história da Seleção Brasileira, ao perder por 7 a 1 para a Alemanha, nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, a imprensa internacional preferiu destacar o vexame canarinho ao feito dos alemães. “Humilhação” foi uma palavra presente nas capas de quase todos os jornais do mundo.
Foi o caso do Marca, da Espanha, que chamou o resultado de “humilhação mundial”, acrescentando que a derrota foi muito pior que o “Maracanazo”, de 1950, quando o Brasil foi derrotado no Rio de Janeiro e viu a Copa ser conquistada pelo Uruguai. Manchete semelhante à do Clarín, da Argentina, que destacou: “Brasil humilhado”, e ao italiano Corriere dello Sport: “Humilhado”.
Irreverente, o também argentino Ole usou uma foto de Luiz Felipe Scolari com sete dedos erguidos. “Hexa + 1”, brincou a publicação, que, seguindo a ideia do Marca, decretou que o vexame foi pior que o “Maracanazo”. A característica de deboche foi seguida pela imprensa britânica. “Sambaargh”, nomeou o Star Sport.
A capa mais radical, no entanto, veio do jornal português A Bola. “Adeus é brasileiro”, dizia a chamada, brincando com a famosa expressão, e com uma foto de David Luiz chorando ao fundo. “Depois dessa semifinal, o futebol nunca mais será o mesmo…”, profetizou o diário. Na mesma linha, esteve o New York Times, que usou a manchete: “Gol, gol, gol, gol, gol, gol, gol: Um dia negro para o Brasil”.
Na Alemanha, como não poderia deixar de ser, exaltou o impressionante desempenho do time de Joachim Löw. “Chegamos à final!”, comemorou o Bild. A imprensa francesa também optou por evidenciar o triunfo dos finalistas: “Incontrolável”, elogiou o L'Equipe.
(foto: montagem Gazeta Esportiva)