Depois de estrear na Copa do Mundo com vitória contra a Bósnia, a Argentina pode confirmar classificação para oitavas de final no jogo contra o Irã, neste sábado, às 13h, no Mineirão. Um revés não passa pela cabeça dos argentinos, que prometem lotar o Gigante da Pampulha para ver o trio ofensivo formado por Messi, Higuaín e Agüero.
Atendendo aos pedidos de Messi e dos demais atletas do elenco argentino, o técnico Alessandro Sabella vai mudar a formação tática da equipe da equipe. O esquema 3-5-2, usando contra a Bósnia e que recebeu críticas por deixar a Argentina com pouca posse de bola, será substituído pelo 4-3-3, com o trio Messi, Higuaín e Agüero atacando o Irã, que mostrou fragilidades na estreia contra a Nigéria.
A entrada de Higuaín no time até certo ponto pode ser considerada natural, já que na estreia argentina o avante ficou no banco de reservas por não estar totalmente recuperado de contusão no tornozelo esquerdo. Mesmo assim, entrou durante o segundo tempo. No meio-campo, o volante Gago também será novidade na Argentina.
O técnico Alessandro Sabella entende que é difícil fazer previsões sobre como o Irã vai encarar os argentinos. “É difícil prever a partida. Creio que o Irã tem uma equipe muito forte fisicamente e mentalmente. Obviamente, com diferença de qualidade, mas que vem com a cultura de um país que passou por guerras, forte e que não vão dar espaços para os jogadores da Argentina. Vão apostar na bola parada, no contragolpe. É isso que posso imaginar”, declarou.
Se a Argentina chegou ao Brasil para brigar pelo título, o mesmo não se pode dizer do Irã, que segue mais o lema de Barão de Coubertin, que afirma que o importante não é vencer, mas competir. A equipe estreou na Copa do Mundo empatando com a Nigéria em um jogo fraco tecnicamente e o técnico Carlos Queiroz não esconde que a equipe chegou ao Brasil com muitas dificuldades.
Segundo ele, limitações financeiras e políticas atrapalharam a preparação iraniana, que não conseguiu fazer os amistosos necessários contra times competitivos. A série de problemas devem se refletir no jogo contra os argentinos e terão efeitos futuros, já que Carlos Queiroz já confirmou que não fica no comando do Irã após a Copa do Mundo.
“Sabemos as limitações que a seleção teve nesse tempo. Disputamos amistosos contra times amigos, que não nos cobraram nada. As limitações econômicas e políticas influenciaram no futebol. Não deveria ser assim, mas não temos o que fazer. Está decidido que não vou continuar”, declarou.
Para tentar surpreender a Argentina e sonhar com uma inédita vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo, o Irã aposta em Dejagah, um dos atletas mais conhecidos da equipe, que atua no Fulham, da Inglaterra. “Parar a Argentina não é um missão fácil, mas vamos fazer o possível para tentar um bom resultado”, disse.