A partida desta sexta-feira, às 19 horas (de Brasília), na Arena da Baixada, é decisiva para Honduras e Equador. Derrotadas em suas estreias pelas favoritas França e Suíça, as duas equipes têm no confronto de Curitiba praticamente sua última chance de seguirem vivas na Copa do Mundo. A necessidade de vitória de ambos pode aumentar ainda mais dependendo do resultado do jogo entre suíços e franceses, que ocorrerá três horas antes, em Salvador.
Pela necessidade mútua do resultado positivo, a ordem é atacar. Assim, hondurenhos e equatorianos devem fazer um jogo aberto na capital paranaense. A seleção de Honduras tem dois motivos para isso: além da necessidade de vencer para seguir viva no Mundial, não quer se tornar a seleção recordista em número de minutos sem marcar gols em Copas. Já são 480 (Honduras não balança as redes desde a Copa de 1982), contra 518 da Bolívia. Se não fizer um gol até os 37 minutos de jogo, a equipe da América Central quebrará este negativo recorde histórico de Copas.
Diante da França, o time de Luis Fernando Suárez teve uma atuação muito fraca. Foi derrotada por 3 a 0 no Beira-Rio sem assustar o time francês em momento algum da partida. Ainda assim, a tendência é de repetir o time que perdeu feio em Porto Alegre. O único desfalque é o volante Wilson Palacios, expulso no lance em que cometeu o pênalti que resultou no primeiro gol dos campeões de 1998. Boniek García entrará em seu lugar.
O zagueiro Bernárdez é a dúvida de Suárez para o jogo em Curitiba. Com dores no tornozelo, o defensor deixou o jogo em Porto Alegre no intervalo. Caso não possa atuar, seu substituto deve ser Chávez. “Estou me recuperando bem e pretendo atuar, mas a dor ainda incomoda”, reconheceu o beque.
Se Honduras foi batida com facilidade pela França, o mesmo não se pode dizer a respeito do Equador. A equipe sul-americana tem motivos para lamentar, e muito, a derrota por 2 a 1 para a Suíça. O time de Reinaldo Rueda saiu na frente do placar, sofreu o empate e tomou a virada no último lance do jogo, em um contra-ataque puxado após um lance em que o meia Arroyo esteve de frente para o goleiro, mas demorou demais para concluir e dar a vitória à equipe equatoriana.
As possibilidades de classificação para o Equador diminuíram após a derrota, mas ainda não acabaram. Qualquer chance de vaga passa, primeiro, por derrotar Honduras. E o gol sofrido aos 47 minutos do segundo tempo para a Suíça em nada abalam as convicções de Rueda, que deve manter exatamente o mesmo time da partida de estreia, disputada em Brasília.
“Fizemos um bom jogo, não podemos mudar tudo por causa de um gol no último minuto. Não vai haver mudanças para a próxima partida”, garantiu o técnico. O goleiro Domínguez nega que o clima na delegação tenha ficado tenso após o duelo com os suíços, como chegou a sugerir a imprensa equatoriana: “A equipe ficou um pouco triste com a derrota, mas conversamos e agora estamos tranquilos para o próximo jogo”, frisou.
A seleção hondurenha só jogou uma vez contra sul-americanos em Copas do Mundo. Foi em 2010, quando perdeu por 1 a 0 para o Chile. Já o Equador pegou equipes da Concacaf duas vezes em Mundiais. Em 2002, levou 2 a 1 do México. Quatro anos mais tarde, derrotou com sobras a Costa Rica: 3 a 0.