Com sete dias para o início da Copa do Mundo, São Paulo, a cidade escolhida para a abertura da competição, viveu um dia de caos, após a greve dos metroviários. Os protestos que tomam conta das principais cidades do país, no entanto, parecem não ser motivo de preocupação para Joseph Blatter. O presidente da Fifa afirma estar confiante neste momento e aposta no pontapé inicial para que o povo brasileiro volte a apoiar o futebol e a Seleção de seu país.
“Nós, da Fifa, assim como o Governo Federal o os governos locais estamos trabalhando com a confiança de entregar a melhor Copa do Mundo, mas nós precisamos também do suporte e do apoio do povo brasileiro. Isso é muito importante e tenho certeza que, quando o pontapé inicial for dado, em uma semana, todo pais estará apoiando o futebol”, disse o presidente da entidade máxima do futebol, que garantiu ter adotado o mesmo discurso na África do Sul.
Em 2010, também às vésperas da Copa do Mundo e diante de alguns problemas estruturais no país sede, Blatter garantiu que tinha confiança na realização de uma competição de alto nível para o povo sul-africano. O mandatário ainda preferiu fugir de qualquer polêmica, não falou sobre os protestos no Brasil e defendeu que seria impossível agradar a todos em uma nação com dimensões continentais.
“Eu lembro que quando o Brasil foi escolhido houve uma festa em Copacabana, algo deve ter mudado neste momento, mas é um grande evento. É impossível agradar a todos. O mundo mudou, em todos os países do mundo há pessoas que estão insatisfeitas, se faz ou não a Copa do Mundo, eles querem se manifestar, é o aspecto social da competição. Eu já disse antes, não é possível agradar a todos, a felicidade geral é impossível”, justificou Joseph Blatter.
Antes do início do depoimento do presidente da Fifa, a organização exibiu um vídeo com todas as cidades-sede, mostrando a movimentação que deve ocorrer com a chegada das seleções. Desta forma, Blatter aproveitou para mostrar otimismo com relação à atmosfera que a Copa do Mundo deve trazer o país, classificada pelo mandatário como a “atmosfera do samba e do futebol brasileiro”.
“Muita coisa mudou após 60 anos, quando a primeira Copa do Mundo foi realizada. Eu disse que é a hora certa de voltar ao país em que o futebol é um movimento social, onde todo mundo entra no espírito da Copa, neste ritmo. Tenho certeza que todo mundo finalmente vai entrar nesse ritmo, mas isso depende de sua Seleção, não é José Maria Marin?”, completou o presidente da Fifa, se referindo ao mandatário da Confederação Brasileira de Futebol.