O ex-goleiro Edinho, filho de Pelé, foi condenado neste sábado a cumprir 33 anos e quatro meses de reclusão por envolvimento com uma quadrilha de tráfico de drogas. A pena é a mesma de outros quatro homens acusados de estarem envolvidos no esquema: Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o “Naldinho”, Clóvis Ribeiro, o “Nai”, Maurício Louzada Ghelardi, o “Soldado”, e Nicolau Aun Júnior, o “Véio”.
A decisão, tomada pela juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande, ainda cabe recurso. Edinho, Véio e Soldado poderão responder em liberdade caso apelem ao Tribunal de Justiça de São Paulo, mas serão intimados a entregarem seus passaportes nos próximos dias.
De acordo com a juíza, Edinho funcionaria como uma ponte entre os braços armado e financeiro da facção, que teria conexões com o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, abastecendo a capital fluminense. Soldado era o responsável em ocultar bens, Véio cuidava da parte financeira, Naldinho era o líder da quadrilha e Nai o número 2 na hierarquia.
As investigações do caso começaram em 2005, com a Operação Indra, organizada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). Edinho é atualmente treinador de goleiros do Santos, clube que defendeu entre 1990 e 1991 em uma primeira passagem, e entre 1994 e 1998 em sua segunda passagem pela Vila.