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Após série de derrotas, Gilson Kleina é demitido do Palmeiras

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Em 26 de novembro de 2013, dias após erguer a taça da Série B do Brasileiro, Gilson Kleina aceitou reduzir seu salário para continuar no Palmeiras. Exatos 163 dias depois, sua passagem pelo clube acabou. Menos de seis meses após convencer o técnico a receber um valor fixo mensal menor, a diretoria confirmou a sua demissão nesta quinta-feira.

A derrota por 2 a 1 para o Sampaio Corrêa dessa quarta-feira, no Maranhão, foi o último passo de uma trajetória na qual Kleina nunca teve total confiança de seus chefes. Em reunião nesta quinta-feira, o presidente Paulo Nobre, o diretor executivo José Carlos Brunoro e o gerente de futebol Omar Feitosa decidiram que o técnico não merecia mais chances.

Contratado em 19 de setembro de 2012, Kleina, de 46 anos, completou 596 dias no cargo. Trabalhou em 105 partidas pelo clube, com 56 vitórias, 20 empates e 29 derrotas, com aproveitamento de 59,68%, quase os 60% que tinha como meta neste Brasileiro para sonhar em atingir as primeiras posições.

Em novembro, após a diretoria admitir que faltou dinheiro para contratar o argentino Marcelo Bielsa e que analisou outros seis técnicos, Kleina negociou sua renovação por semanas. Chegou a dizer que não ficaria até ser convencido a se tornar o primeiro a aceitar o modelo de produtividade, com salário fixo bem menor do que o que recebia e promessa de prêmio maior por objetivos atingidos.

Então campeão da Série B do Brasileiro, principal meta traçada por Nobre para 2013, Kleina assinou contrato até dezembro na esperança de ter um time competitivo. Foi demitido exatamente após não ter reposição das negociações de Henrique e Alan Kardec e sofrer para encontrar substitutos de qualidade por conta de problemas físicos de Fernando Prass, Valdivia e Bruno César.

Nobre nunca teve convicção na qualidade de Kleina. Antes de assumir a presidência, em janeiro do ano passado, perguntou a seus pares políticos se seria correto já chegar demitindo Kleina. Foi convencido a mudar de ideia, assim como olhou o pagamento de dívidas e multa contratual e a falta de opções no mercado para não dispensá-lo após a derrota por 6 a 2 para o Mirassol e criticá-lo publicamente pela eliminação na Copa do Brasil de 2013.

Agora, o mandatário precisou abrir mão de sua política de contenção de gastos. No acordo estabelecido na renovação de Kleina, ficou estabelecido o pagamento de três salários no caso de rescisão contratual, o que gera um valor próximo dos R$ 900 mil. Mas Nobre não pôde mais segurar a pressão sem ter total confiança no treinador.

O fim da passagem do técnico ocorreu em uma clara decadência do desempenho do time após a eliminação na semifinal do Campeonato Paulista, perdendo para o Ituano em Pacaembu lotado. De nada adiantaram os 18 dias que separaram o jogo seguinte, contra o Vilhena, pela Copa do Brasil, da estreia no Campeonato Brasileiro.

O time venceu o Criciúma de virada, em Santa Catarina, mas teve fraca atuação. Jogou ainda pior nas derrotas para o Fluminense e o Flamengo, ambas válidas pelo Brasileiro, e teve desempenho sofrível ao perder do Sampaio Corrêa, em placar que só não virou goleada por conta de milagres de Fábio, inicialmente terceiro goleiro do elenco.

O jogo no Maranhão foi o fim de uma passagem na qual a Série B, tida como obrigação, foi o único trunfo. Kleina falhou na primeira missão que recebeu ao sair da Ponte Preta e ser contratado pelo então presidente Arnaldo Tirone: caiu com o Palmeiras no Brasileiro. Com exceção do título na segunda divisão nacional, falhou em todos os momentos decisivos, sendo eliminado prematuramente nos dois Paulistas que disputou e na Libertadores e na Copa do Brasil de 2013.

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