Chapecoense e Corinthians fizeram uma partida de baixo nível técnico – e violenta – em Santa Catarina, definida de maneira apropriada na noite de domingo. Um lance cheio de erros técnicos acabou com a bola no pé de Guerrero, que dominou aparentemente com o braço esquerdo e definiu a vitória alvinegra por 1 a 0.
O gol do peruano, que havia encerrado um jejum de mais de três meses na última quarta-feira, colocou o time do Parque São Jorge na liderança do Campeonato Brasileiro, com sete pontos. A formação catarinense, com apenas um, está na zona de rebaixamento.
No terrível primeiro tempo, pouco aconteceu além de trocas de agressões e faltas. A qualidade melhorou após o intervalo – era difícil que piorasse –, e o Corinthians ficou mais no ataque. Com o gol de Guerrero, aos 32 minutos, e uma boa defesa de Cássio no finalzinho, os comandados de Mano Menezes cumpriram a meta no Sul.
Sem levar nenhum gol há sete jogos, o time alvinegro terá uma semana de preparação para o clássico contra o São Paulo – justamente a última equipe a balançar a rede de Cássio –, em Barueri. A Chapecoense terá sua próxima oportunidade de finalmente vencer na Série A no domingo, contra o Grêmio, em Porto Alegre.
MMA – No primeiro minuto de jogo, Guerrero ficou no chão, reclamando de ter sido atingido na cabeça por André Paulino. Foi uma boa amostra do que seria a etapa inicial, que poderia ter sido disputada em um octógono. Fosse assim, o juiz provavelmente teria mais controle das ações.
Wagner Reway se mostrou atrapalhado desde o início e não contou com a menor colaboração dos jogadores. Guerrero e Paulino se estranharam o tempo todo, soltando o braço um no outro insistentemente. Petros também trocou agressões com Diones, e só o que não se viu foi bola rolando.
As faltas mais duras se multiplicavam, motivo pelo qual cinco cartões amarelos foram mostrados até o intervalo – e foi pouco. Qualidade técnica mesmo praticamente não havia, pois os passes errados eram o único fator tão recorrente quanto as confusões na Arena Condá.
Nem a recorrência das infrações criou jogadas de gol pelo alto. Foi só aos 43 que houve um lance um pouco mais perigoso, e apropriadamente foi um quase gol contra de Ralf, mas seu cabeceio passou à esquerda de Cássio, e os times desceram para o vestiário no zero.
Um pouco mais de futebol O jogo melhorou após o intervalo, o que não quer dizer muito. As equipes passaram ao menos a acertar alguns passes, o que proporcionou jogadas um pouco mais trabalhadas, como a que deixou Ednei em boa posição para cruzar da direita. Leandro se antecipou à marcação e cabeceou fora.
Aos poucos, o Corinthians se estabeleceu com frequência maior no campo de ataque. Guilherme e Guerrero chutaram de fora da área, sem dar grande trabalho a Danilo. Jadson foi mais perigoso em cobrança de falta que passou perto do poste esquerdo do goleiro.
Mano trocou Guilherme por Bruno Henrique, que entrou bem. Gilmar Dal Pazzo apostou em Tiago Luis e Bergson. E os visitantes chegaram ao gol em um lance como pedia o jogo, com falha de Wanderson no corte do cruzamento e furada de Jadson. Guerrero dominou – no braço esquerdo, segundo as reclamações dos donos da casa – e marcou, aos 32.
Luciano entraria no lugar de Petros, mas substituiu Romarinho, e Danilo foi acionado para segurar a bola. A Chapecoense foi ao ataque com Alemão e teve uma chance, já nos acréscimos, em passe de calcanhar de Bergson para Ricardo Conceição. Cássio espalmou e pôs o Corinthians na liderança.