Jogador mais criticado do elenco do São Paulo – aquele que quase nunca tem seu nome gritado pela torcida antes das partidas -, Douglas encontra em casa a motivação diária para treinar. Sempre que acorda, o lateral direito é reanimado por um beijo do filho antes de seguir para o CT.
"Meu filho me dá um beijo logo de manhã, me dá força para vir trabalhar", contou o camisa 23 (autor de um belo gol na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo, no Morumbi), nesta segunda-feira, depois de fazer trabalho regenerativo e contar as horas para rever Kauã Pietro, de três anos.
"Quando chego em casa, ele também está sempre me esperando de braços abertos, independentemente se faço um bom ou um mau dia de trabalho. Não só ele como minha esposa", disse o jogador, muitas vezes cobrado publicamente também pelo técnico Muricy Ramalho – neste ano, os dois já bateram boca em campo, em jogo do Campeonato Paulista.
Contratado em 2012, Douglas passou pelo comando de vários treinadores e por posições diferentes. Entre idas e vindas do time para o banco de reservas, o lateral é novamente titular, apesar de a diretoria ter tirado Luis Ricardo da Portuguesa.
"Cada um tem um pensamento da minha história aqui, seja como atacante ou como lateral. Procuro viver esse momento que estou vivendo neste ano, com boas partidas, com apoio de meus companheiros, conseguindo fazer aquilo que almejo aqui, em prol da equipe", comentou.
Com 120 atuações e seis gols no São Paulo, o lateral direito voltará a campo – ou não, dependendo da avaliação de Muricy, que cogita poupar titulares -, na quarta-feira, diante do CRB, pela Copa do Brasil. Com uma certeza: ao voltar de Maceió, tendo atuado bem ou mal, terá o carinho do filho.