Depois do empate sem gols na estreia do Campeonato Brasileiro, o técnico Jayme de Almeida vai esperar o parecer do departamento médico para saber se poderá contar com algum reforço na partida do próximo domingo, diante do Corinthians, no Pacaembu. O zagueiro Samir e o volante Cáceres são os quem reúnem melhores possibilidades de retornar a equipe. O volante paraguaio, inclusive, já está treinando desde a semana passada, depois de longa inatividade. Já o lateral Léo, o volante Elano e o atacante Hernane dificilmente terão condições de enfrentar o Timão, em São Paulo. O lateral-esquerdo André Santos que cumpriu suspensão, diante do Goiás, pode retornar à equipe na vaga ocupada por Éverton, em Brasíia.
O treinador está preocupado porque a equipe rubro-negra não vence há quatro partidas. O time sofreu uma derrota para o Leon, do México, e empatou duas vezes com o Vasco, na decisão do Estadual, e agora com o Goiás. Jayme acredita que o time precisa retomar, logo, o caminho das vitórias para não deixar que os concorrentes abram vantagem na corrida pelo título brasileiro.
O agravante é o fato de três terem sido no Maracanã, fora que o jogo com o Goiás também teve mando de campo do Flamengo. No retorno da delegação, os jogadores evitaram criticar diretamente a atitude da diretoria, mas lamentaram que o time tenha aberto mão do mando de campo e trocado o Maracanã pelo Mané Garrincha.
"É claro que a gente prefere jogar no Maracanã, ao lado da torcida,mas os dirigentes é que sabem da necessidade do clube. Como profissionais, só podemos tentar fazer o melhor, não importa o local", disse Paulinho.
Para Alecsandro, todo mundo tem que esquecer Libertadores e Carioca e pensar apenas no Brasileiro. "Não adianta ficar falando naquilo que já passou. A realidade é que perdemos dois pontos quando deveríamos ter ganho três", analisou. O atacante também comentou, em entrevista à Rádio Brasil, o fato de o jogo ser disputado no Distrito Federal.
"É claro que todos os jogadores do Flamengo preferem jogar no Maracanã, mas a gente não está para escolher nada. Podemos jogar em Macapá, Belo Horizonte, Belém, onde a diretoria mandar. A gente tem é que jogar bem e vencer as partidas, independentemente do local", declarou o atacante.
Já Jayme de Almeida lamentou o resultado em Brasília, mas destacou a posse de bola do Flamengo, que resultou nas chances de gol. Segundo o comandante, o Esmeraldino conseguiu dificultar o jogo para os cariocas com o posicionamento tático.
"Acho que a proposta do Goiás foi de contra-atacar, fechar bem, nós sabíamos que era difícil por dentro. Nossos melhores lances foram pelo lado. Fizemos três ou quatro jogadas boas. São momentos que decidem o jogo. Infelizmente, não fizemos (o gol). Respeitando o Goiás, não era o resultado que a gente esperava. A posse de bola foi boa, mas os adversários foram perigosos. Tentamos, tentamos e não conseguimos", analisou o treinador flamenguista.
Apesar de afirmar que sua equipe deveria ter ganhado do time goiano. Jayme pregou respeito aos esmeraldinos: "Nunca faz um time fraco. É bem montado, com jogadores experientes. Eles vêm de perder um campeonato aos 48 do segundo tempo e jogaram fechadinhos e saindo rápido no contra-ataque. O Goiás também queria muito ganhar. Respeito muito a história do clube".