De volta ao cargo após dois meses de licença médica, o presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione, está com as energias renovadas. Aliás, ‘vendendo saúde’, conforme revela o próprio dirigente. Ao afirmar estar bem fisicamente, Orione confirmou que levará seu mandato até o fim. Isto é, até maio de 2017.
Diante da ‘surpreendente’ declaração, o dirigente joga um balde de água na maioria dos presidentes de clubes que esperava pela aposentadoria do mandatário no próximo mês de julho, após a realização da Copa do Mundo no Brasil. Quando da sua reeleição em janeiro e da posse em maio do ano passado, Carlos Orione teria amarrado um suposto acordo com os clubes para permanecer até início do segundo semestre deste ano, abrindo espaço para um dos seus quatro vice-presidentes – João Carlos Oliveira, Helmute Lawisch, Luiz Wellington e Francisco Marino.
A intenção dos dirigentes clubistas era indicar uma pessoa que representasse as equipes, que acusam o atual presidente de negligência. Indagado sobre a sua posição irredutível de ficar no cargo até o término do mandato não seria um descumprimento de acordo com os filiados da federação, Orione negou que tenha firmado qualquer acordo nesse sentido. “Da minha parte não existe acordo nenhum. O meu mandato é legitimo, não vou renunciar, vou ficar na presidência até maio de 2017. Mandato existe para ser cumprido integralmente”, afirmou o dirigente.
Ao reclamarem de desamparo financeiro e de apoio logístico por parte da entidade, alguns clubes decidiram bater de frente com o ‘Barão’ como Orione é conhecido no meio esportivo. Liderados por Luverdense e Cuiabá, dirigentes de Cacerense, Mixto e União de Rondonópolis protocolaram documento na entidade cobrando explicações dos contratados da FMF como a Chevrolet, patrocinadora master do Campeonato Mato-grossense há dois anos, TV Centro América, detentora da transmissão do Estadual, venda do estádio Dutrinha para a prefeitura de Cuiabá entre outros negócios.
Mesmo sob forte críticas de até então aliados, Orione não hesita em afirmar que não guarda mágoas de seus opositores. “Da minha parte não tenho mágoa de ninguém. A minha relação continua normal”, finalizou.