O time do Cruzeiro que foi até Muriaé era de reservas, mas o futebol apresentado não. O técnico Marcelo Oliveira não escalou nenhum titular no jogo desta quarta-feira de cinzas, contra o Nacional, mesmo assim, a equipe não teve problemas para golear por 4 a 1, mostrando o mesmo padrão de jogo da equipe considerada principal.
O primeiro gol do jogo foi anotado por Iuri Oliveira, que jogou contra o próprio patrimônio após cruzamento de Elber, marcando gol contra para o Cruzeiro. O segundo gol do time da capital foi marcado por Marlone, que aproveitou rebote do goleiro João Carlos. No segundo tempo, Willian e Souza também marcaram, com Patrick anotando o tento de honra do Nacional. Com o resultado, a Raposa chega aos 23 pontos, na liderança isolada do Mineiro.
Na sequência do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro recebe o Tupi, no próximo sábado, no Mineirão. Já o Nacional terá um dia a mais de preparação para poder medir forças contra a URT, de Patos de Minas, partida confirmada para o estádio Soares de Azevedo, em Muriaé.
O jogo – Mesmo atuando com uma formação reserva, o Cruzeiro dominou as ações desde o início de jogo. A Raposa sentiu um pouco a falta de entrosamento, mas a qualidade técnica dos atletas foi suficiente para superar as dificuldades. A valorização da posse de bola, a inversão de jogadas entre os lados do campo e muita movimentação foram as principais armas da equipe celeste.
Já no Nacional, o time de Muriaé se esforçou para diminuir os espaços do Cruzeiro e procurou explorar os contra-ataques. A estratégia funcionou somente até os dez minutos, quando Elber ganhou da zaga na velocidade, chegou à linha de fundo e tentou o cruzamento para a área, a bola desviou em Iuri Oliveira e foi morrer no fundo das redes de João Carlos, gol contra em favor dos cruzeirenses.
Em desvantagem no placar, o time da casa passou a agredir um pouco mais, o que deu espaços para o Cruzeiro, gerando uma partida bastante movimentada em Muriaé. O posicionamento dos atletas celestes, pressionando a saída de bola do Nacional, dificultou muito a vida da equipe do técnico Marcelo Cabo, que cobrou mais capricho dos jogadores no passe, mas erros continuaram em todo o primeiro tempo.
Quando chegou ao ataque, faltou tranquilidade para o Nacional, que arriscou muito tiros sem direção ou com pouca força contra a meta de Elisson. Aos 32, quando o time de Muriaé encaixou uma boa trama ofensiva, e teve a calma necessária, quase empatou com Júnior Lemos, mas Elisson evitou o gol. Na jogada seguinte, o Cruzeiro ampliou o placar com um contra-ataque fulminante que terminou nos pés de Marlone, que marcou pela primeira vez com a camisa cruzeirense.
Com as rédeas do confronto, a Raposa seguiu melhor na partida, criando chances de dilatar o marcador a todo o momento, deixando a zaga do Nacional totalmente sem rumo. Na volta para a etapa final, Marcelo Cabo deixou o time mais ofensivo com a entrada de atacantes, que receberam poucas bolas e tiveram que recuar muito para participar do jogo.
Além de chegar ao ataque envolvendo o adversário, o time do Cruzeiro mostrou que tem muitos recursos para serem usados durante uma partida. Um deles é a bola parada. Aos 13, Souza cobrou falta com violência é obrigou João Carlos a se esticar todo para evitar o dilatamento do marcador na Zona da Mata mineira.
Três minutos depois, Elber deu assistência para Willian, que livre dentro da área fuzilou a meta do Nacional, explodindo o estádio Soares de Azevedo em alegria azul e branca. Mesmo com o jogo praticamente decidido, o Cruzeiro manteve o ritmo e seguiu jogando com a mesma intensidade.
Para não deixar o torcedor de Muriaé sem comemorar um gol da equipe da casa, Patrick tratou de resolver o problema. Aos 25, o jogador cobrou falta, a bola desviou na barreira e morreu nas redes de Elisson. Aos 27, a resposta da Raposa. Marlone foi derrubado dentro da área, o árbitro marcou o pênalti, que foi convertido por Souza deslocando o goleiro com grande categoria para fechar o placar com goleada.