Nada de ostentação ou luxo. A apresentação de Alexandre Pato, que ainda nem assinou contrato, será como outra qualquer no São Paulo – a não ser pela demanda maior de mídia. A ideia inicial da diretoria é entregar a camisa tricolor ao atacante como faria com qualquer outro jogador, na sala de imprensa do CT da Barra Funda.
Diferentemente do que foi feito para Luis Fabiano, quando mais de 45 mil pessoas (número divulgado pelo clube) foram ao Morumbi para recepcioná-lo de volta do futebol, e até mesmo para Adriano, apresentado no salão nobre do estádio, Pato não deverá ter uma chegada de pompa ao trocar o Corinthians para defender a equipe de Muricy Ramalho.
O treinador, a propósito, também só poderá contar com seu próximo reforço na Copa do Brasil, já que o atacante ultrapassou o limite de jogos permitido para defender outro time no Campeonato Paulista. O primeiro compromisso do São Paulo no torneio nacional mata-mata está marcado para 12 de março, diante do CSA, em Maceió.
A partida em Alagoas também não ajuda o departamento de marketing, que poderia planejar uma ação maior para sua estreia se ela fosse no Morumbi. "A gente lamenta que ele não possa jogar no Paulista, porque contrata sempre para jogar o quanto antes", disse Muricy, que havia sido consultado da possibilidade de troca com o meia Jadson havia alguns dias e a aprovou.
"Eu dei um empurrão. Preciso saber antes com quem vou trabalhar. Tanto que já me ofereceram mil jogadores, mas vieram quatro. Não dá para admitir trazerem e você ter que aceitar. Não opino na venda, mas para trazer a diretoria tem que consultar, senão não dá certo", comentou o treinador, ao admitir surpresa pelo fato de o Corinthians ter aceitado se desfazer por quase dois anos de um atleta de R$ 40 milhões.
Com a camisa 7 alvinegra, contudo, Pato decepcionou, exceção feita a raros bons momentos, como reconheceu Mano Menezes, na quarta-feira. “A verdade dos fatos é simples. Aconteceu um grande investimento, fora do padrão do futebol brasileiro, e foi criada uma grande expectativa. A produção dentro do campo não atingiu o que se esperava", avaliou.
Pelo acordo entre os dois rivais, o atacante ficará emprestado até o final de 2016 antes de cumprir mais um ano de contrato com o Corinthians. Jadson, por sua vez, rescindirá o vínculo vigente com o São Paulo (válido até dezembro) e assinará pelo mesmo período com seu novo clube.