O duelo entre Fernando Prass e Ricardo Oliveira voltou a esquentar o clássico entre Santos e Palmeiras neste domingo, no triunfo alvinegro por 2 a 1, na Vila Belmiro. Além de gols e defesas, a disputa, que começou no embate do primeiro turno, no Palestra Itália, voltou a ser marcada por desentendimentos com a bola rolando e declarações irônicas ao final da partida, principalmente pelo lado do goleiro.
No primeiro embate deste Brasileiro, ambos discutiram com bola rolando e Prass deu uma trombada no camisa 9 santista. Alegando ter sido sem querer, o arqueiro avisou que, se quisesse, “teria machucado” o artilheiro rival. Oliveira, com um sorriso irônico, respondeu já depois do apito final, que selou o Verdão como vencedor daquele embate (1 a 0). “Nossa, acho que eu recebi uma ajuda divina então. Imagina se ele quisesse me bater? Ainda bem que ele não quis”, ironizou.
Na Vila, no entanto, o lado provocador foi do atleta do Peixe. Em um lance com a bola parada, ele chutou a redonda e acertou Prass na panturrilha, provocando uma queda exagerada do adversário. Questionado se achava que havia sido de propósito, o arqueiro respondeu prontamente: “O que vocês [jornalistas] acham?”.
Após o lance, no segundo tempo, Oliveira continuou com as ironias ao fazer o seu tento. Na comemoração, apontou o dedo para Prass e abriu um sorriso, aparentemente desdenhando da capacidade do adversário. Só depois de virar o pescoço e olhar para o goleiro palmeirense, observando sua reação, é que ele resolveu celebrar com a torcida.
O camisa 1 alviverde também foi sucinto ao abordar o tema, descartando a chance de os desentendimentos serem apenas “coisas do futebol”. “Isso é a personalidade do atleta, modo de conduta. Não acredito que uma pessoa se transforme tanto dentro de campo”, rebateu.
Principal nome do Palmeiras no clássico, Prass ainda fez questão de discordar de quem avaliou o revés um balde de água fria na luta pelo G4. “Se vencermos na próxima rodada e eles [Santos] perderem, ficamos a dois pontos de novo. Não tem nada decidido”, avaliou, dando a receita para o sucesso tanto no Nacional quanto na Copa do Brasil.
“A gente teve descuidos que nos prejudicaram demais. O time acabou sofrendo dois gols e, num jogo tão equilibrado, isso faz a diferença. Principalmente no segundo, foi um descuido grande. Mas com a nossa reação, eles viram que estavam em uma situação complicada, nós pressionamos e temos de fazer isso para que o resultado saia a nosso favor”, encerrou.