Após um ano e oito meses no comando do Sport, tempo que fez dele o técnico mais longevo no comando de uma equipe brasileira até a última quinta, quando foi anunciado como novo treinador do Fluminense, Eduardo Baptista chega ao futebol carioca com a missão de recuperar a campanha do Tricolor carioca e resgatar o futebol de Ronaldinho Gaúcho que, até agora, não foi apresentado à torcida.
Contratado após curta e discreta passagem pelo mexicano Querétaro, Ronaldinho até estreou com certa agilidade, mas o planejamento em relação ao camisa 10 logo apresentou falha. O meia é desfalque há alguns jogos para recuperar a forma física e, contra o Palmeiras, ficou apenas no banco no meio de semana. No entanto, Baptista garante que aposta em R10.
“Ronaldinho tem um peso, é um jogador de muita qualidade e vai ter a atenção que um jogador desse quilate merece. Mas a disputa é ali dentro do campo. Acima de todos nós está a instituição Fluminense, e dentro das minhas convicções ele pode nos ajudar. Tive uma conversa rápida e ele se mostrou muito solícito em ajudar. Eu aposto nele, vejo ele com uma grande condição de nos ajudar. É um jogador que vamos saber lidar sem pressão nenhuma”, declarou o novo técnico com segurança durante sua apresentação.
Apesar de mostrar apoio a Ronaldinho Gaúcho, Baptista evidenciou seus ‘princípios meritocráticos’ ao garantir que jogará aquele que estiver melhor, “independente do nome”. “Tenho que fazer a minha justiça, jogar quem tem que jogar independente do nome. Vai jogar aquele que apresentar melhor desempenho no treino. Não vou mexer muito na equipe que o Enderson deixou, mas deixei aberto para eles. Os jogadores que escalam a equipe, em treinamentos, em questão de campo, postura…”.
Além de um bate-papo privado com Ronaldinho, o novo técnico também trocou ideias com o atacante Fred sobre a atual conjuntura do elenco. “Tive uma conversa com quase todos. Fred é um líder, uma referência. Conversamos bastante à respeito de confiança, equilíbrio e paciência. Queremos resgatar a confiança desses meninos, é um grupo de qualidade e vamos trabalhar nesse sentido”, assegurou o treinador, admitindo que não interpreta a situação do Fluminense da forma que ela é retratada na mídia.
“Quando eu cheguei aqui vi uma equipe muito equilibrada, muito preocupada em mudar essa situação, com jogadores jovens motivados e os mais velhos também motivados e afim de ajudar os mais jovens. Não vi nada de grupo rachado, e sim um querendo ajudar o outro”, afirmou Baptista, que não se sente nem um pouco pressionado apesar do Fluminense ser o time com pior campanha do returno, sem nenhuma vitória sequer.