Em jogo de baixíssimo nível técnico na tarde deste domingo, Figueirense e Coritiba empataram sem gols no estádio Orlando Scarpelli. Se o primeiro tempo foi morno e sem emoções, a etapa final desenrolou-se de forma aberta, mas a falta de criatividade das equipes e qualidade na conclusão das jogadas culminou no 0 a 0.
O goleiro Wilson, que reencontrou seu ex-time, o Figueirense, teve atuação destacada no Coxa ao corresponder sempre que solicitando, mostrando segurança para defender as poucas chances criadas pelo Figueirense. No time de Argel Fucks, que teve a estreia do volante João Vítor, subsituído no segundo tempo, o destaque foi o meia Rafael Bastos, que tentou chamar a responsabilidade para criar as jogadas e dar mobilidade ao Figueirense.
O empate mantém o Figueirense com 16 pontos, na 15ª posição, e próximo da zona de rebaixamento. Já o Coritiba segue integrando a degola, com dez pontos, e está a dois do Vasco. Na próxima rodada, o Coxa recebe o Corinthians, enquanto o Figueirense visita o Atlético-MG, líder da competição.
Vivendo a amargura de estar na parte debaixo da tabela, Figueirense e Coritiba foram a campo na tarde deste domingo, no estádio Orlando Scarpelli, e pouco demonstraram nos primeiros 45 minutos de jogo. Com dificuldades na criação, nem o apoio da torcida fez o Figueirense controlar o jogo diante do Coritiba.
Com Marcão e Thiago Santana isolados no comando de ataque, a bola não era trabalhada no meio-campo, e o time de Argel Fucks apelava apenas para jogadas laterais, bolas aéreas e ligações diretas. As poucas variações nas jogadas de ataque facilitou o trabalho da defesa paranaense, que se manteve bem postada e facilitou o trabalho do goleiro Wilson, criado no Figueirense, que não praticou nenhuma intervenção na etapa inicial.
Se não levou sustos, o Coxa também não inspirou cuidados. Os experientes Marcos Aurélio e Lucio Flavio tentavam ditar o ritmo no meio-campo do Coritiba, mas a marcação firme do Figueirense, que ficava bem postado ao recuar ao campo de defesa, impedia qualquer lance de efeito. O time chegou em chutes de fora: uma vez com Lucio Flavio, de falta, e outra vez com Marcos Aurélio, que por pouco não surpreendeu Alex Muralha.
Apesar da monotonia, o primeiro tempo ficou marcado por dois lances polêmicos no ataque do Figueirense. No primeiro, Paulo Roberto cabeceou a bola, que desviou no braço de Ivan e saiu pela linha de fundo, mas o árbitro mandou o jogo seguir. Em outro, já na reta final do primeiro tempo, Thiago Santana caiu na área ao disputar bola com o goleiro Wilson e pediu pênalti, mas novamente Emerson Sobral mandou o jogo seguir de forma acertada.
Partida fica aberta na etapa final, mas times desperdiçam chances de gol
Ao colocar um atacante no lugar de um lateral esquerdo no intervalo, Argel deu sinais de que o Figueirense voltaria a campo após o intervalo para buscar a vitória. Apesar de povoar mais o campo de ataque com três homens de frente, os donos da casa não foram efetivos para cristalizar o domínio na posse de bola em gols.
Querendo evitar a derrota a qualquer custo, Ney Franco esclareceu a proposta do Coritiba. Defender com firmeza para tentar aproveitar os contragolpes. Bem armado para trás do meio-campo, o Coxa dificultou os ataques do Figueirense, e o jogo passou a ficar truncado no meio de campo. Sem saber se organizar para investir nas jogadas ofensivas, o Figueirense passou a dar espaços por conta da ansiedade em fazer o gol.
Com a criação fraca, e Lucio Flavio e Marcos Aurélio sobrecarregados, o Coxa também não conseguia agredir, e perdeu a principal chance do jogo aos 37 minutos. Em contragolpe rápido, Marcos Aurélio recebeu com liberdade, invadiu a área livre de marcação e chutou cruzado, mas a bola raspou a trave de Alex e saiu pela linha de fundo.
Nos minutos finais da partida, o Figueirense buscou, de forma desesperada, permanecer no ataque para tentar o gol. O Coritiba, por sua vez, sempre que dominava a bola preferia tocar de lado e deixar o tempo passar para confirmar o ponto fora de casa. O baixo potencial técnico das equipes também determinou o empate sem gols, já que nas poucas chances criadas, as equipes não conseguiram aproveitar.