A Argentina venceu e classificou em primeiro lugar no Grupo B, mas decepcionou aqueles que foram à cidade de Viña del Mar querendo acompanhar um espetáculo. Neste domingo, no jogo que marcou a centésima partida de Messi pela seleção, foi Higuaín quem fez a festa dos argentinos ao marcar o gol da vitória simples sobre a Jamaica e garantir a primeira posição do grupo aos comandados de Tata Martino.
Contra a seleção que, se somados os valores de todos os atletas, não vale nem o passe de Ezequiel Lavezzi, reserva do ataque, os argentinos não empolgaram na última partida da primeira fase da competição. Com gol de Higuaín, ainda no início do primeiro tempo, os argentinos chegaram a segunda vitória em três jogos, somando sete pontos, e garantindo a ponta.
Essa foi a terceira vez que a Argentina enfrentou a Jamaica. Após duas vitórias, uma na Copa de 1998 e outra em um amistoso disputado em 2010, os argentinos mantiveram o bom retrospecto e classificaram em primeiro lugar, aguardando agora o adversário das quartas de final.
O confronto sem maiores aspirações em Viña del Mar opôs Argentina, já garantida na próxima fase e querendo classificar em primeiro lugar, e Jamaica, eliminada após duas derrotas, para Uruguai e Paraguai. A partida marcou o centésimo jogo de Messi, atleta mais vitorioso do futebol argentino (com 26 títulos na carreira), com a camisa da seleção.
A festa, no entanto, não era só de Messi. Higuaín, escalado pela primeira vez como titular nesta Copa América, realizou o jogo de número 50 pela seleção e coroou a marca abrindo o placar no estádio Sausalito, aos nove minutos. O camisa 9 recebeu dentro da área e, cumprindo a função de pivô, girou em cima da marcação para concluir no canto do goleiro Miller.
Aos 22, Higuaín quase fez o segundo, mas viu a bola tocar o travessão após encobrir o goleiro. A partida se desenvolveu em ritmo de treino. Inferior tecnicamente, a Jamaica, apesar de atrás do placar, não se abria temendo sofrer mais gols. Recuados para trás do meio-campo, os Reggae Boyz não pressionavam o adversário, que seguia trocando bolas com tranquilidade no campo de ataque. Apesar de assistirem ao jogo, praticamente, os jamaicanos não apelaram para faltas duras, e receberam apenas um cartão no primeiro tempo.
Tendo finalizado apenas duas vezes, contra 12 da Argentina, a Jamaica foi para o intervalo no lucro. Após Messi quase marcar com chute da entrada da área, que passou raspando a trave, o defensor Watson salvou a bola em cima da linha após contragolpe puxado e concluído por Dí Maria, que preferiu definir a jogada do que servir Messi.
Após o recomeço do jogo, ambos os times mantiveram a postura do primeiro tempo. A Argentina ocupava o campo de ataque durante a maior parte do tempo, mas sem muita objetividade. Aos 7 minutos, Dí Maria quase ampliou com um chute de fora da área, que explodiu no travessão. Aos 11, Messi quase deixou sua marca ao tentar encobrir o goleiro Miller, que voltou a tempo para fazer a defesa.
Nem com as entradas de Pereyra e Tevez, que substituíram Pastore e Higuaín, os argentinos conseguiram ter ânimo para aumentar a vantagem. Apostando na troca de passes, apesar da falta de objetividade, os comandados de Tata Martino administraram a vantagem apesar da pressa dos jamaicanos nos minutos finais.
O time do alemão Winfried Schafer, com as três alterações feitas, se lançou ao ataque para tentar, ao menos, um único gol na Copa América. Após a Argentina abdicar do jogo, a Jamaica tomou conta das ações ofensivas nos últimos minutos e trocou passes com liberdade na intermediária. Se sobrou vontade, faltou qualidade técnica aos convidados jamaicanos para conseguirem o empate.