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Palmeiras aproveita expulsões, vira sobre Flu aos 45 e finda tabu

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Cinco anos e mais uma demissão de treinador depois, o Palmeiras voltou a vencer uma partida em casa no Campeonato Brasileiro. Não foi fácil, porém, bater o Fluminense por 2 a 1, de virada, na tarde deste domingo. O gol decisivo, de Cristaldo, foi marcado apenas aos 45 minutos do segundo tempo, em sobra de cobrança de falta que gerou cartão vermelho a Gum e a segunda expulsão do adversário, que já havia perdido Magno Alves no começo da etapa.

A virada, iniciada com gol de Rafael Marques também nos acréscimos do primeiro tempo, distancia ligeiramente o Palmeiras da zona de rebaixamento, agora com nove pontos conquistados, enquanto o time espera pela chegada de um novo treinador – o substituto de Oswaldo de Oliveira, que foi demitido nesta semana, deverá ser Marcelo Oliveira. Além disso, finda longo tabu: o Palmeiras não vencia no Palestra Itália, que ficou quatro anos em reforma, desde 22 de maio de 2010, quando derrotou o Grêmio. Desde a reinauguração, em 2014, haviam sido três empates e duas derrotas.

O Fluminense, apesar de ter deixado escapar a vitória depois do gol de Jean, segue com 11 pontos e próximo do G-4. Seu próximo compromisso será somente no dia 24, diante da Ponte Preta, no Maracanã. O Palmeiras, por sua vez, visitará o Grêmio já no próximo sábado.

Neste domingo, a principal novidade no Palmeiras pós-Oswaldo – além do uniforme – foi Cleiton Xavier, que assumiu vaga aberta pela suspensão de Klevin. Talvez a principal contratação para a temporada, ele só tinha sete jogos até então, todos eles saindo do banco de reservas. A estreia como titular, porém, começou mal. Desde os primeiros minutos, o meia errou passes fáceis e foi desarmado pela defesa com facilidade.

Sem qualidade na armação, os principais lances criados pela equipe da casa foram em arremates de fora da área. Como aos oito minutos, quando o volante Gabriel pegou sobra de cobrança de escanteio e bateu rasteiro, no canto direito, exigindo agilidade de Diego Cavalieri para mandar a bola para escanteio. Na cobrança, o zagueiro Vitor Hugo subiu bem e cabeceou com força pela linha de fundo. Sete minutos depois, Cleiton Xavier finalizou por cima do gol.

O chute próximo ao travessão aparentemente acordou o Fluminense. Armado para contragolpear, o time carioca foi fatal na primeira grande oportunidade. Aos 16 minutos, Magno Alves foi acionado na meia esquerda, passou por Lucas ao invadir a área e deixou Victor Ramos no chão antes de fazer o passe para trás. Diante de indefinição de quem concluiria a gol, a bola chegou a Jean, que emendou no canto direito de Fernando Prass e abriu o placar.

O goleiro palmeirense só não foi vazado mais vezes antes do intervalo porque, além de atento ao seu principal papel, também atuou como líbero em momentos de desacerto de seus defensores. Depois de apurada defesa em arremate à queima-roupa de Vinícius, Fernando Prass ainda saiu da área três vezes, uma delas para cabecear a bola pela lateral.

Esperançosa antes da partida, a torcida não demorou a perder a paciência. Na metade da etapa inicial, surgiram as primeiras vaias – e discussões e brigas na arquibancada decorrentes disso. Aos 29 minutos, os gritos de insatisfação foram substituídos por lamentação, no momento em que Diego Cavalieri quase foi traído por toque involuntário de Dudu com as costas. Na sobra do goleiro, o meia-atacante prendeu demais a bola, e a jogada terminou melhor para a defesa.

Muito melhor organizado, o time visitante se aproveitou dos passes errados e da falta de criatividade palmeirenses, fruto da fraca atuação coletiva. Gabriel, pelas tentativas de longa distância, era a exceção em um Palmeiras que sofria defensiva e ofensivamente. Até que, aos 47 minutos, uma bola parada evitou vaias no intervalo. Cleiton Xavier, péssimo até então, acertou a cobrança na cabeça de Rafael Marques, que desviou a bola para a rede e empatou.

No intervalo, os dois times mexeram. Alberto Valentim sacou Zé Roberto para promover a estreia do atacante Alecsandro. No Fluminense, Enderson Moreira substituiu Antônio Carlos por Henrique. O que não mudou de um tempo para o outro foi a empolgação do Palmeiras, que retornou muito mais incisivo e criou duas chances em cinco minutos. Uma bola no travessão e uma defesa de Diego Cavalieri, entretanto, mantiveram o placar. Em seguida, a zaga carioca quase marcou contra.

A torcida se animou, e o ataque passou a funcionar melhor com Alecsandro. Auxiliando em desarmes e também na criação, o atacante por pouco – ou por uma difícil defesa de Diego Cavalieri – não balançou a rede depois de cobrança de falta de Cleiton Xavier. No minuto seguinte, foi a vez de Rafael Marques testar o goleiro, em arremate de longe. Aos 14 minutos, Magno Alves chutou as pernas de Gabriel por trás, foi expulso e deu a chance de o Palmeiras crescer ainda mais na segunda etapa.

Alberto Valentim, contudo, somente renovou o gás do meio-campo, tirando Cleiton Xavier para colocar Robinho. O goleiro Diego Cavalieri, então, fez importantes defesas, mas quase nunca em chutes de dentro da área. A menos de dez minutos do final do tempo regulamentar, o interino finalmente abdicou de um homem de marcação para reforçar o ataque. E foi Cristaldo, que entrou no lugar de Arouca, o autor do gol. Após cobrança de falta (assinada por Gum ter tocado a bola com o braço, o que lhe rendeu o segundo amarelo), o argentino ficou com rebote e fez o gol que dará um pouco de tranquilidade ao próximo treinador.

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