O time de verde venceu no Allianz Parque lotado. Mas não era o Palmeiras, que preferiu jogar descaracterizado, de branco, em seu próprio estádio. O Goiás, que agora lidera o Campeonato Brasileiro, fez a festa diante de 37 mil pessoas neste domingo de manhã: 1 a 0, com gol de Péricles aos 31 minutos do segundo tempo.
Bruno Henrique, autor da bela jogada que terminou com bola na rede, foi comemorar com a pequena torcida visitante, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Mas os donos da casa, em mais uma jornada sem grande inspiração, não conseguiram aproveitar. No fim, Victor Ramos também levou vermelho, por dar um tapa em Alex Alves.
O Palmeiras ostentava uma invencibilidade de dez partidas em sua nova arena, com nove vitórias e um empate. Agora, amarga um início bem abaixo do esperado no Nacional, com dois empates e uma derrota em três rodadas e pode até terminar a rodada na zona do rebaixamento – isso aconterá se houver um vencedor em Avaí x Flamengo e o Cruzeiro derrotar a Ponte Preta. Já a equipe comandada por Hélio dos Anjos surpreende positivamente, com duas vitórias e um empate. Já são sete pontos, nenhum gol sofrido e a liderança da competição!
Seria injusto dizer que os paulistas passaram longe de furar essa barreira. Kelvin, que herdou de última hora a vaga do gripado Rafael Marques, fez excelente primeiro tempo e obrigou Renan a trabalhar aos 26 minutos, após linda jogada individual. Leandro Pereira também ficou cara a cara com o goleiro, mas parou em uma boa defesa. Cristaldo, seu substituto, carimbou a trave em cabeçada no segundo tempo.
O problema foi que o Goiás, muito bem armado, não se satisfez em marcar e também criou suas oportunidades. Fernando Prass, driblado por Bruno Henrique no lance do gol, já havia sido desarmado pelo bom atacante esmeraldino minutos antes, em lance que só não terminou em gol porque Vitor Hugo salvou em cima da linha. Manhã para esquecer…
Oswaldo de Oliveira, que já havia optado pela ofensividade ao deixar o recém-recuperado Arouca no banco, com Gabriel como único marcador de ofício, lançou-se de vez à frente com a desvantagem. Leandro e Alan Patrick entraram nas vagas de Zé Roberto e Gabriel e ajudaram na pressão final, mas não houve uma situação clara de gol. Muito porque Valdivia, que completou 90 minutos pela primeira vez em 2015, errou muito mais do que acertou.
Outro fator negativo foi o excesso de cartões amarelos. O time que acaba de perder Dudu, suspenso por se exaltar após uma decisão da arbitragem, mostrou que ainda não sabe lidar com a (chatíssima) nova regra da CBF, em que qualquer abordagem ao juiz é motivo para cartão amarelo. Valdivia, Lucas, Leandro Pereira, Kelvin… Todos foram advertidos cor amarelo. O Verdão precisa de calma. O jejum já incômodo gera justamente o contrário.