A esperança da torcida de ter Rogério Ceni por muito mais tempo no gol do São Paulo é vã. O goleiro já postergou o final da carreira algumas vezes, mas, eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores, agora se mostra disposto a não ampliar o contrato que vai até 6 de agosto.
"Existe um contrato assinado. Sempre deixei todos à vontade sobre a renovação. Decidiram renovar até 6 de agosto, e assim será feito", disse o jogador de 42 anos, ao retornar de Belo Horizonte, na tarde desta quinta-feira, depois da eliminação para o Cruzeiro, nos pênaltis.
"É uma pena se despedir, era a ultima possibilidade de jogar uma final e ser campeão. Lamento só por isso, mas acho que fizemos coisas bacanas no decorrer da Libertadores. Não merecia ser encerrado dessa maneira, tão cedo. Poderíamos chegar bem mais longe", comentou o capitão são-paulino, no Aeroporto e Congonhas.
A despedida do torneio continental – o qual venceu em três anos, dois deles na reserva de Zetti – não poderia ter sido mais dramática. Depois da derrota por 1 a 0 no tempo regulamentar, Ceni abriu a disputa de pênaltis balançando a rede. Ainda defendeu as cobranças de Leandro Damião e Manoel, mas viu três de seus companheiros (o volante Souza, o atacante Luis Fabiano e o zagueiro Lucão) também errarem.
"Agradeci a todos nos vestiário", revelou. "Em momentos difíceis, revertemos quadros complicados da primeira fase que, para muitos, eram irreversíveis. Ontem (quarta-feira), acreditava muito na classificação, tinha muita confiança. Mas eles terão outras chances, são jovens. O mais velho ali é o Luis Fabiano. Para mim, foi a última. Gostaria muito de ter vencido nessa década".
Sem a Libertadores, restam a Ceni mais 15 compromissos pelo Campeonato Brasileiro. O próximo, já no domingo, diante da Ponte Preta, em Campinas.