Preocupado com a situação da Arena pantanal, que gera uma despesa mensal de R$ 800 mil aos cofres do Estado e a fraca de presença de público nos jogos do Campeonato Mato-grossense, o Governo do Estado não vai bancar nenhuma competição regional; em vez disso, deverá incentivar a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) a apoiar a vinda de jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro da Série A, que na prática só geram lucros para os empresários promotores dos eventos, os clubes mandantes e a pró pria FMF, que leva 5% do valor bruto da renda. “É o que podemos fazer no momento para manter a Arena em atividade”, disse o secretário extraordinário do gabinete de Projetos Estratégicos, o engenheiro Gustavo Oliveira, em entrevista exclusiva, na manhã de quinta-feira.
Gustavo Oliveira concorda no entanto que a médio prazo a solução para a ausência de público nos jogos do Mato-grossense é a utilização do COT do Pari. A obra está paralisada desde maio de 2014 e não tem data para ser concluída. Em janeiro desse ano, Gustavo Oliveira disse que todas as 22 obras atrasadas da Copa do Mundo seraim submetidas a auditorias. Mas o prazo dado para esse trabalho não foi suficiente, alega o Governo. A gazeta apurou que o COT do Pari teve apenas 69,2% dos serviços executados pelo consórcio formado pelas empresas Engeglobal, Três Irmãos e Valor Engenharia. O valor da obra, de R$ 31.760.080,48, já teve R$ 21.968.048,17 pagos pelo Governo. Segundo o projeto original, o COT do Pari deveria ter um sistema de ar condicionado central, o que gera uma conta de energia muito alta.
Entre as falhas do projeto estão a ausência de muro no entorno do estádio e bilheterias. “É um belo equipamento para abrigar torcedores e servir as equipes que disputam o Campeonato, mas precisa ser repensado. Certamente que após sua conclusão, o mais viável seria centralizar as competições regionais no local e deixarmos a Arena Pantanal apenas para os jogos decisivos e competições nacionais”, concluiu o secretário. Mas todas as idéias não deverão ser colocadas em prática nos próximos 12 meses.