Contratado para livrar o Mixto do rebaixamento à Segunda Divisão do Campeonato Mato-grossense, o ex-jogador Elias Rosa tem o desafio de provar que ‘santo de casa faz, sim, milagre’. Há uma semana no comando técnico do Alvinegro, em substituição a Flávio Barros, não hesita em garantir que irá tirar o time da atual situação.
“Eu não tenho nada a ver com este momento que o Mixto está passando. Não fui eu que coloquei a equipe nesta situação, mas prometo e confio que irei livrar o time do rebaixamento. Estamos trabalhando muito para conquistarmos a vitória em cima do Poconé. Apesar do tempo ser curto, mas confio muito no fator motivacional do grupo para vencermos os dois jogos restantes, contra o Poconé e Operário”, ressalta o ex-jogador, que desde que pendurou as chuteiras há sete anos, é a primeira vez que trabalha como treinador.
No momento, o Mixto é o lanterna da Chave A com apenas três pontos somados na tabela. Em seis jogos disputados, a equipe acumula três empates, três derrotas e nenhum vitória. A defesa já levou dez gols, o ataque só marcou cinco, tendo um saldo negativo de cinco gols.
Para se livrar da queda à Segunda Divisão o Alvinegro precisará vencer os dois últimos jogos e ainda torcer por tropeços dos adversários como o próprio Poconé, próximo rival, Sinop e o Luverdense, que hoje é o penúltimo colocado do grupo com seis pontos. Diante do atual quadro, Elias Rosa revela que na sua chegada há uma semana encontrou um grupo totalmente desmotivado, sem perspectiva de melhora. Segundo ele, com os jogadores cabisbaixos, a primeira coisa a ser feita foi trabalhar o lado emocional do grupo.
Nem me preocupei com o trabalho em campo. Precisava resgatar a confiança dos jogadores diante de tantas dificuldades. Hoje a situação é outra, há alegria e confiança”, assinala o treinador.
Sem conhecer muito o elenco de jogadores, Elias ainda não definiu o time que sairá jogando contra o Poconé na próxima quarta-feira, na Arena Pantanal. Ele vem testando e conhecendo os jogadores. Mas garante que fará inúmeras mudanças na formação que vinha jogando sob comando de Márcio Marolla, responsável pela formação do grupo e de Flávio Barros, que só treinou a equipe e em seguida se desligou, alegando interferência da diretoria em seu trabalho.
“Ainda estou conhecendo os jogadores. Tem alguns que eu ainda não sei nem o nome. Para ser leal com meus atletas, estou observando todos eles. Mas na minha mente já tenho uma equipe que pode sair jogando. Vou aproveitar o máximo para conhecer dada um deles”, disse, destacando que irá conversar em particular com o meia-atacante paraguaio Roddy Benitez, de apenas 21 anos.
De acordo com Elias, o jogador não está rendendo o que tinha ouvido falar de sua qualidade. “Vou procurar o Benitez e ver o que está acontecendo. Falaram muito de sua qualidade técnica, mas ainda não vi tudo isso nos treinamentos. Precisa render mais”.