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Wesley se defende ao vestir camisa do São Paulo

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A apresentação oficial de Wesley pelo São Paulo, na manhã desta terça-feira, frustrou quem imaginava que ele ou os próprios dirigentes do clube pudessem polemizar ainda mais sobre sua saída do Palmeiras. O volante recebeu a camisa (ainda sem número) das mãos de Rubens Moreno, diretor de futebol que não é da alta cúpula do clube, e deixou a ex-equipe no passado, não sem reivindicar respeito pela opção que fez.

"Sou maior de idade e sempre vou definir o que quero para mim", disse o jogador, ao alegar que se acertou com o São Paulo apenas em dezembro, ao término do Campeonato Brasileiro. "Sentei em casa junto com minha esposa, a gente sempre conversa bastante… Era um projeto meu, de uma nova casa, nova situação. Eu queria essa situação nova para mim. Nada mais justo do que eu poder ter minha escolha".

A oferta são-paulina partiu do presidente Carlos Miguel Aidar, que se tornou desafeto do mandatário do Palmeiras, Paulo Nobre, depois de tirar de lá o atacante Alan Kardec, no meio de 2014. No entanto, nem ele nem o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, ou o gerente executivo de futebol, Gustavo Vieira, estiveram presentes na apresentação do jogador, no CT da Barra Funda. Coube a ele próprio, portanto, prestar todos os esclarecimentos, a começar pela recusa em renovar contrato com o antigo clube.

"Às vezes, as coisas não acontecem da forma como as duas partes querem. Muito se fala de acordo, que o presidente colocou o contrato na mesa e eu não quis assinar. Não foi bem assim", comentou o agora são-paulino, sem grandes detalhes de como teria sido de fato a situação. Fato é que as especulações sobre uma possível transferência para o rival tiveram início nesse ínterim, ainda no primeiro semestre do ano passado, o que levou parte da torcida alviverde a perseguir o volante desde então.

"É normal, uma rivalidade muito grande, a gente sabe de todas as histórias que foram envolvidas. Comigo, não ia ser diferente", disse o reforço, a respeito das vaias ouvidas nas últimas atuações e das mensagens de palmeirenses que comemoraram o final de seu contrato, na sexta-feira passada. "Mas estou super tranquilo. Estou com a cabeça tranquila de que fiz um ótimo papel. Respeito, agradeço a todos, e agora quero seguir meu caminho".

Além de justificar a troca – e jurar ter atuado sem condições físicas ideais nas últimas rodadas do Brasileiro, em meio à luta do Palmeiras contra o rebaixamento à segunda divisão nacional -, Wesley ainda falou que não vê problema em festejar em partidas contra o agora rival – o que não tem data prevista para ocorrer, uma vez que ele não está inscrito na primeira fase do Campeonato Paulista e da Copa Libertadores e só deverá estrear em abril.

"Vou comemorar muito (se fizer gol). Perguntaram para mim na Série B se eu iria comemorar titulo. É lógico que vou comemorar. Eu trabalho muito. Não para provocar, mas em respeito aos meus companheiros, que trabalham. Não desrespeitando, mas gol é momento mágico, não tem motivo para não comemorar", explicou-se o ex-palmeirense, que estava treinando separadamente do elenco na Academia de Futebol e firmou vínculo até o final de 2018 com o São Paulo.

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