Parece que medidas mais drásticas e resultados mais conclusivos vão ficar para depois. Esperava-se que nesta terça-feira (17) – data que a Comissão Atlética de Nevada reservou para ouvir as defesas de Anderson Silva, Nick Diaz e Hector Lombard – o mundo da luta fosse, enfim, ter esclarecimentos e resoluções sobre os recentes casos de doping – principalmente, o do Spider, tido como o melhor lutador de MMA de todos os tempos. Mas não foi bem isso que aconteceu.
Após análises de diversos casos, a NSAC pôs em pauta a questão de Nick Diaz. O atleta, que foi flagrado em exames antidoping por uso de maconha na luta contra Anderson, ocorrida em 31 de janeiro, foi representado por um advogado via telefone. O procurador geral da Comissão, Christopher Eccles, pediu a suspensão temporária do americano até a próxima reunião, que deve acontecer em março. O mesmo ocorreu com os casos analisados na sequência. Anderson Silva, pego por uso de anabolizantes para o duelo com Diaz, e Hector Lombard, acusado por utilizar esteroides no confronto com Josh Burkman, dia 3 de janeiro, também foram representados por seus respectivos advogados via telefone e penalizados com a mesma medida.
Dos três principais casos julgados, o do brasileiro é o mais complexo. Dois exames de urina apontaram a presença do anabolizante drostanolona, que auxilia no crescimento e recuperação musculares. O exame de sangue do ex-campeão do UFC, todavia, não acusou o uso da substância, mas indicou que foram ministrados os benzodiapínicos Oxazepam e Temazepam no organismo do atleta. Tais fármacos atuam de modo a causar sonolência, já que têm funções de sedativo e relaxante muscular.