O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, sempre defendeu clássicos com torcida única, mas não cobrará o Corinthians pelo prejuízo que seus torcedores causaram em seu estádio. Apesar das cadeiras quebradas e pichações no setor destinado aos visitantes nesse domingo, os anfitriões decidiram não exigir do rival os custos das reformas necessárias.
A decisão alviverde se baseia no que ocorreu no Derby de 27 de julho do ano passado, o único até agora em Itaquera. Naquela ocasião, foram quebradas 258 cadeiras no estádio corintiano, e o Palmeiras não pagou os R$ 58 mil que deveriam ser desembolsados aos donos da casa.
Por conta disso, o Verdão não cobrará do Corinthians por conta das cerca de 250 cadeiras quebradas (estimativa feita pouco depois da partida desse domingo) e das pichações em portas e paredes do Palestra Itália. Os números das depredações ainda não foram divulgados oficialmente.
A decisão do Palmeiras de não exigir dinheiro do rival, teoricamente, afeta de forma direta a WTorre, empresa responsável pela reforma e administração do estádio. A construtora não se manifestou, mas o mais provável é que o próprio Verdão arque com os prejuízos causados pelo adversário no Derby.
O Palmeiras 'perdoa' os corintianos na contramão do clima criado na véspera do clássico, quando a Federação Paulista de Futebol chegou a anunciar torcida única no Derby, mas desistiu da ideia diante da ameaça do clube alvinegro de não entrar em campo caso o veto à sua torcida fosse mantido.